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Após 70 anos, família descobre desenhos de parente morta na Shoá

Após 70 anos, família descobre desenhos de parente morta na ShoáA história de George Stransky, sua filha Erika, sua segunda esposa Valeria, a filha da segunda união, Monika, poderia ser tema de novela, mas foi real. Separados pelo nazismo, descendentes da família Stransky viajaram para a Tchecoslováquia, país de origem, em 1974, na tentativa de recompor sua história. 

Em visita ao Museu de Judaico de Praga, viram uma exposição de desenhos de crianças, feitos durante a Segunda Guerra no campo de Theresienstadt. Foi uma grande surpresa quando Monika reconheceu na assinatura de um deles o nome da irmã, Erika Stranska.  Nos anos que se seguiram, a família procurou mais informações, sem sucesso, pois a Tchecoslováquia estava sob regime comunista. 

Em 2012, incentivada por um amigo, a família tentou mais uma vez procurar informações de Erika, na República Tcheca. Ela entrou em contato com o Museu Judaico de Praga e pediu uma cópia do desenho. A ideia era fazer uma surpresa para sua mãe.  A surpresa foi também dela: o museu tinha não apenas um desenho da Erika, mas 30.

Após o final da Guerra, George Stransky passou a procurar a filha mais velha. Por fim, acabou descobrindo que Erika tinha sido levada para Theresienstadt e, de lá, para Auschwitz, onde morreu.

Na Tchecoslováquia, a família Stransky retomou como pôde sua vida, mas nunca esqueceu a filha morta pelo nazista.  Em 1946, eles se mudaram para São Paulo. Em 1959, Monika casou-se com Gregorio Zolko. Tiveram duas filhas, Sandra e Karen Zolko. George morreu em 1961, e Valeria, em 2009.

Adriana, filha mais velha de Karen, encontrou pela web a jornalista Hannelore Brenner, autora do livro “The Girls of Room 28” e descobriu que Erika era uma das meninas que morou no Quarto 28, na ala infantil de Theresienstadt.

Karen e Hannelore começaram a trocar informações sobre a história da Erika; a jornalista enviou dados e documentos de Theresienstadt, enquanto Karen e Monika enviaram informações e fotos de Erika, de antes da guerra.

Além do livro, Hannelore criou uma exposição de mesmo nome sobre as meninas e seus desenhos, feitos durante as aulas dadas por Friedl Dicker Brandeis, também prisioneira do campo. Antes de ser deportada para Auschwitz, Friedl escondeu 5.000 desenhos, que foram descobertos 10 anos depois. Estão expostos no Museu Judaico de Praga.

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