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FIRS completa 53 anos representando a comunidade gaúcha

FIRS - Coisas JudaicasNo dia 5 de abril de 1961 foi fundada a Federação das Sociedades Israelitas Brasileiras do Rio Grande do Sul que em 1977 passa a se chamar Federação Israelita do Rio Grande do Sul.
Como consequência das dificuldades econômicas da Europa, no início do século passado, e das perseguições religiosas e sociais sofridas em seus países de origem, muitos judeus vieram para o Brasil em busca de uma vida melhor.
Em 1891, o Barão Maurice de Hirsch – banqueiro de origem judaica - alemã e radicado na França, preocupado com a perseguição ao povo judeu, especialmente aos judeus russos, criou a Jewish Colonization Association - ICA, com o objetivo de organizar e instalar colônias agrícolas no Brasil, Argentina e Canadá. O ano de 1904 marca a chegada dos imigrantes judeus ao Brasil, mais precisamente à Colônia de Philippson, próxima a Santa Maria, no Rio Grande do Sul, primeira colônia judaica, instalada organizadamente no país. A Colônia recebeu esse nome em homenagem à Franz Philippson, então vice-diretor da ICA e presidente da Compagnie Auxiliaire de Chemin de Fer au Brésil, que atuava no RS. Os primeiros imigrantes – cerca de 37 famílias – vieram principalmente da Bessarábia, região russa banhada pelo Mar Negro. Mais tarde, judeus vindos da Polônia, Rússia, Alemanha, Argentina e outros países instalaram-se no Brasil. A maioria dos imigrantes eram artesãos que se tornaram agricultores por programação da ICA. Na nova terra os imigrantes receberam lotes de 25 a 30 hectares, pequenas casas de madeira, animais, instrumentos agrícolas e sementes, com financiamento a longo prazo.
Entre 1911 e 1914 mais famílias imigraram para o Rio Grande do Sul, instalando-se na Fazenda Quatro Irmãos, região de Passo Fundo. Muitas famílias continuam na região e alguns de seus descendentes são fazendeiros no local onde seus pais e avós se instalaram inicialmente.
O que os imigrantes mais valorizavam era a educação dos filhos, único bem que não lhes poderia ser tirado. A primeira integração entre a comunidade judaica e os brasileiros veio através da educação. Os imigrantes fundaram uma escola na Colônia de Philippson, cujo ensino era realizado em português e acolhia também os brasileiros, filhos dos colonos e trabalhadores da região. Nos anos 20 começa uma outra etapa no processo de migração: em busca de estudos mais adiantados para os filhos, muitos judeus instalaram-se nas grandes cidades do Estado, tornando-se comerciantes. Eles se dirigiram para Santa Maria, Erechim, etc, e muitos para Porto Alegre, concentrando-se no bairro Bom Fim. Durante a década de 30 predominou a imigração de judeus vindos da Polônia. Artesãos, alfaiates e marceneiros poloneses vieram para o Bom Fim e criaram sua associação, o Poilisher Farband, que prestava assistência e apoio aos novos imigrantes. A partir de 1933, quando Hitler assume o poder na Alemanha, chegam ao Brasil os judeus alemães, entre eles muitos intelectuais e profissionais liberais, que fugiam de seu país ameaçados e perseguidos pelo nazismo. Na década de 50, no período do governo de Nasser, judeus expulsos do Egito chegam a Porto Alegre. Aos poucos foram sendo criadas as entidades judaicas, como sinagogas, clubes, colégio e instituições beneficentes, que serviam para congregar e auxiliar a comunidade no Rio Grande do Sul.
Com o aparecimento das entidades, a constituição de um órgão integrador foi inevitável. Em 1961 surge a necessidade de fundar a Federação das Sociedades Israelitas Brasileiras do Rio Grande do Sul, que em 1977 passa a se chamar Federação Israelita do Rio Grande do Sul. O reflexo deste engajamento é perceptível nas atividades realizadas e sempre estará presente na história da comunidade judaica gaúcha. Nestes mais de 50 anos de atividades ininterruptas, a comunidade judaica mudou e evoluiu junto com a sociedade gaúcha. A visão dos anos passados, de se voltar para dentro da comunidade para fortalecer seus vínculos, deu lugar à visão de maior inserção na comunidade maior.

Missão

A missão da Federação Israelita do Rio Grande do Sul é representar a comunidade judaica e coordenar as estratégias interinstitucionais a partir das entidades filiadas, tanto em nível interno, como na comunidade maior do Rio Grande do Sul, valorizando a preservação da sociedade plural em que vivemos e lutando pelo contínuo desenvolvimento da identidade judaica, sempre dentro dos valores, da moral e da ética milenar de nosso povo.

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