
A declaração do bloco de países árabes dá conta do impasse no diálogo entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina, retomado em 2013 após os esforços diplomáticos de John Kerry, secretário de Estado americano.
O prazo inicial para as negociações irá expirar em abril, e questões como a identidade judaica do Estado israelense têm travado a possibilidade de que essas conversas sejam prolongadas por um novo período.
Reconhecer que Israel é um Estado judaico, conforme pedem os negociadores israelenses, é um gesto de forte peso ideológico, já que essa questão envolve as narrativas nacionais da região, incluindo a ideia de "direito ao retorno" a esse território.

O comunicado de conclusão da cúpula da Liga Árabe incluiu, também, um pedido pela solução política ao conflito sírio, que já deixou mais de 140 mil mortos desde março de 2011. A oposição síria pedia, no entanto, o envio de armamentos avançados para a disputa contra o regime do ditador Bashar al-Assad.
A Liga Árabe reconhece o Conselho Nacional Sírio, composto por rebeldes, como representante legal do povo sírio. O bloco impediu, no entanto, que a organização ocupasse o assento reservado a Síria durante a cúpula.