Jerusalém — O ministro da Inteligência de Israel classificou o presidente palestino, Mahmud Abbas, de líder mais antissemita do mundo, depois que Mahmud Ahmadinejad deixou a presidência do Irã, no ano passado.
Depois que Ahmadinejad saiu do cenário político, Abu Mazen é o líder que mais injeta veneno anti-semita e anti-Israel, declarou Yuval Steinitz numa conferência sobre segurança em Tel Aviv, na quarta-feira.
Abu Mazen é o nome pelo qual Abbas é conhecido em árabe.
Com Abu Mazen, o nível de incitamento da Autoridade Palestina alcançou um novo patamar, e o ponto mais alto é a destruição de Israel?, disse Steinitz, do mesmo partido que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o Likud.
?Ele negou o Holocausto na sua juventude, e hoje nega a própria existência do povo de Israel e o seu direito de ter seu próprio Estado?, continuou ele, na conferência anual do Instituto de Estudos sobre Segurança Nacional, segundo transcrição no site oficial do INSS.
?Enquanto não houver mudança significativa no sistema educacional e na mídia, um acordo de paz é uma ilusão?, explicou ainda, se referindo à Palestina.
Em sua tese de doutorado na Universidade Patrice Lumumba, em Moscou, Abbas questionou o número de seis milhões de judeus mortos pelos nazistas, sugerindo que o número poderia ser ?menor que 1 milhão?.
Mas, ele acrescentou, ?a controvérsia em relação aos números não pode minimizar de maneira alguma a atrocidade cometida contra os judeus?.
Israel acusa a Autoridade Palestina, presidida por Abbas, de encorajar hostilidade contra Israel através de livros escolares e da TV e rádios oficiais.
Nas negociações por um acordo, apoiadas pelos Estados Unidos e lançadas em julho, Netanyahu exige que os palestinos reconheçam Israel como um Estado nacional do povo judeu.
Mas os palestinos se recusam, temendo que isso signifique a perda do direito de refugiados palestinos e seus descentes de voltar para a terra de onde eles fugiram ou foram expulsos quando Israel foi criado, em 1948.