O vídeo foi parar imediatamente na Internet, ganhando um enorme número de visualizações e milhares de comentários, principalmente condenando e ridicularizando o desconhecimento das garotas. Após o incidente, as irmãs ganharem uma popularidade maior do que poderiam esperar ao participar de um programa de TV.
Foi então que o jornalista da rádio “Svoboda” Mumin Chakirov teve uma ideia: levar as irmãs em uma excursão ao Museu Memorial, erguido no local do antigo campo de concentração de Auschwitz, na Polônia.
Em Auschwitz, as moças sofreram um choque: após a excursão, uma delas era incapaz de conter o choro. Como um jornalista expressou de maneira muito apropriada, “depois de visitar Auschwitz, as garotas envelheceram 70 anos”.
Como contou o cineasta, não foi fácil convencer as moças a embarcar nessa viagem e a concordar com as filmagens: "Acima de tudo, elas temiam ser mostradas como burras”. A mãe das meninas, embora condene as filhas, traz como desculpa o seguinte argumento: "Pedi a todos os vizinhos, amigos, colegas de trabalho, e nenhum deles pôde me responder o que é o Holocausto".
O diretor conclui: “A história das irmãs se transforma no retrato de uma geração que não tem nenhuma ideia sobre os crimes do nazismo. Estamos diante de um fenômeno, muito mais complexo do que a negação do Holocausto: nos deparamos com o completo desconhecimento dele”, afirma, ressaltando que esse problema não é apenas da Rússia, mas atinge a Europa e a América.
“O filme, que poderia contar com o apoio do governo, não tem nenhuma chance no mercado, ele não tem nenhum potencial comercial.
Entretanto, ele poderia fornecer uma ajuda inestimável aos professores russos, que, 70 anos depois do fim da guerra, ainda estão reunindo o material sobre o Holocausto e não encontram as palavras certas para descrevê-lo”.