Os judeus ortodoxos têm um vocabulário tão específico para falar de relações sexuais que a sexóloga Guila Brunes teve a idéia de desenvolver um dicionário. De início, a criação visa atender os médicos que não entendiam o modo pelo qual os seus pacientes se referiam à impotência ao marcar consultas.
Isso porque antes do surgimento dos remédios, a disfunção erétil era tabu entre os “Temerosos de Deus”. Uma das empresas fabricantes chegou a organizar cursos para sexólogos e médicos com a pretensão de fazê-los compreender a linguagem dos ortodoxos.
As expressões utilizadas por eles têm suas origens na lei judaica, mas como também acontece com os idiomas, o cotidiano enriqueceu o vocabulário. O pênis, por exemplo, é chamado de “pincel” enquanto o órgão sexual da mulher é conhecido com “o lugar” ou “telefone”. “Fazer as pases” e “como um pincel no telefone” se referem ao ato sexual.