O papa externou sua opinião durante audiência privada no Vaticano com seis líderes religiosos latino-americanos, entre eles o diretor executivo do Congresso Judaico Latino-Americano (CJL) Claudio Epelman, responsável pelas relações com o Vaticano junto ao Congresso Judaico Mundial. Também participaram o cardeal Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB; Mohamad Hallar, da Organização Islâmica para América Latina; Samuel Olson, Aliança Evangélica Latino-Americana; Felipe Adolf, presidente da Conferência Latino-Americana de Igrejas Protestantes; Elias Szczytnicki, secretário das Religiões pela Paz.
"Com este encontro, o papa manifestou, mais uma vez, seu firme compromisso pessoal para a construção de pontes entre as religiões e para o trabalho conjunto pela paz”, disse Epelman, que estabeleceu uma estreita relação de trabalho com o então cardeal Bergoglio.
Ele também elogiou o papa por sua mensagem de 10 de novembro, quando, ao finalizar o ‘Angelus’, recordou o 75° aniversário da Noite dos Cristais e a perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, e reiterou sua clara e inequívoca condenação do antissemitismo.
A liturgia em Buenos Aires, organizada pela Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da B'nai B'rith Argentina, teve falas do arcebispo de Buenos Aires, Mario Poli, e do rabino Abraham Skorka, reitor do Seminário Rabínico da América Latina.
Também participaram o sacerdote Alejandro Llorente, o rabino Shalom Jonah (Bet Am Marc Chagall), os pastores David Calvo (Igreja Luterana Unida), Ester Igrejas ( Igreja dos Discípulos de Cristo), Sergio Lopez (Igreja dinamarquesa) e Mariel Pons (Igreja Evangélica Metodista).
Mulher discute com jovem católico durante cerimônia na catedral de Buenos Aires, em memória às vítimas da Noite dos Cristais. Reprodução/Fede Runsffeld.