"As negociações já não são uma opção viável para a paz, em particular devido à expansão israelense de assentamentos, que põem fim à possibilidade (de aplicar) a solução de dois Estados", diz Ashrawi.
Membro do Comitê Executivo da OLP, Ashrawi fez as críticas durante reuniões que teve com os cônsules gerais da Suíça e da Grécia em Jerusalém nos últimos dias, quando destacou que "as diferenças entre palestinos e israelenses está se ampliando devido às práticas unilaterais israelenses no terreno, que constituem uma violação do direito internacional".
A política se referia aos recentes anúncios de novas construções em Jerusalém Oriental e Cisjordânia, enquanto os negociadores destes povos negociavam o acordo de paz.
Israelenses e palestinos retomaram as negociações em julho por pressão americana, mas estão avançando a duras penas.
O êxito ou o fracasso do processo negociador, assinala Ashrawi em seu comunicado, depende principalmente "da capacidade da comunidade internacional de obrigar a Israel a cumprir o direito internacional e os acordos internacional, a cessar toda as atividades nos assentamentos".
Amanhã, quinta-feira, o novo ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, declarou também que, para ele, é impossível alcançar um acordo de paz com os palestinos em um futuro próximo e que a comunidade internacional não pode ajudar a resolver o conflito.
"Em 20 anos, desde os Acordos de Oslo, a situação só se deteriorou", manifestou o novo chefe da diplomacia israelense, que retornou ao cargo há uma semana, em uma conferência na cidade de Sderot, ao sul de Israel.
Ali reiterou sua conhecida posição de que presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, não é "um parceiro para a paz" e assegurou que "as relações com os EUA estão em contínua deterioração" e Israel, "deve buscar outros aliados com interesses comuns".
"A quem representa Abbas?", se perguntou Lieberman antes de continuar a crítica: "Sigo sem compreendê-lo. Não representa os residentes de Gaza. Perdeu as eleições parlamentares a favor do Hamas e as presidenciais foram adiadas durante três anos e meio porque tem medo de perdê-las". EFE
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