Chabad em Beijing

Chabad em Beijing

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Coisas Judaicas

 
Por Dina Freundlich
 
Baseado em seu discurso proferido no Congresso para Mulheres, Kinus Hasheluchot - 5762

O que faz uma jovem judia nos dias de hoje concordar em mudar-se para um local onde nĆ£o hĆ”:

sinagoga, escola, micvĆŖ, onde cashrut Ć© um drama,e o idioma falado e escrito Ć© totalmente diferente de qualquer idioma que ela jĆ” tenha visto ou ouvido?

Pode haver apenas uma resposta: PaixĆ£o e um desejo ardente de vivenciar o maior privilĆ©gio que um judeu pode ter; fazer parte do trabalho do Rebe.

Fui criada na Ɓfrica do Sul em shelichut. Depois que me casei, meu marido, Rabino Shimon Freundlich e eu moramos em Hong Kong em shelichut durante cinco anos. VocĆŖ poderia pensar que Hong Kong Ć© distante e exĆ³tico, mas felizmente eu tinha ido para lĆ” solteira, para ajudar os sheluchim locais. Gratos pelos anos de treinamento que o fato de viver no Oriente e trabalhar com sheluchim bem-sucedidos tinham dado, mudamos para Beijing.

EstƔvamos bem conscientes dos pontos negativos:

A China Ć© um paĆ­s comunista. Os americanos tĆŖm dificuldade para entender a repressĆ£o. O ExĆ©rcito estĆ” em toda parte, os vistos raramente sĆ£o concedidos a rabinos (e quando sĆ£o, os rabinos sĆ£o cuidadosamente seguidos e controlados), e nossa casa e telefone, temos quase certeza, sĆ£o grampeados.

Rigoroso controle de fronteira: Carne, milchigs e vinho sĆ£o ilegais para importaĆ§Ć£o, a correspondĆŖncia Ć© aberta e lida e os aparelhos domĆ©sticos sĆ£o pesadamente tributados. NĆ£o hĆ” micvĆŖ: o micvĆŖ mais prĆ³ximo fica a 4 horas de vĆ“o, 7 horas porta a porta se contarmos o tempo gasto com ImigraĆ§Ć£o e AlfĆ¢ndega em cada ponto.

Quando chegamos, havia uma pequena comunidade leiga, "Kehilat Beijing", uma comunidade reformista americana liderada por dois primos, dos quais um se chama Roberta. Quando ela soube que estĆ”vamos para chegar, enviou-nos um e-mail dizendo que estava triste porque irĆ­amos para destruir aquilo que eles tinham, e que nĆ£o Ć©ramos necessĆ”rios ali. Respondemos por e-mail explicando que Chabad nĆ£o Ć© aquilo que ela pensa (ficara evidente pelo seu e-mail que ela nĆ£o sabia). Prometemos fazer tudo que estivesse ao nosso alcance para garantir que a comunidade ficaria ainda mais unida que antes da nossa chegada, e nĆ£o mais dividida. Asseguramos a ela que querĆ­amos ampliar o JudaĆ­smo ali, nĆ£o destruir ou prejudicar. Prometemos tambĆ©m acrescentar Ć quilo que ela estava fazendo, e nĆ£o duplicĆ”-lo. (Felizmente, esta era uma promessa fĆ”cil de cumprir, pois muito pouco estava sendo feito.)

Ao chegarmos conhecemos Roberta, e ela repetiu que nossa presenƧa em Beijing na verdade nĆ£o era necessĆ”ria, e que eles estĆ£o bem contentes por ficar sem Chabad, um grupo fanĆ”tico. Mesmo assim, duas semanas antes de Rosh HashanĆ”, ali chegamos, prontos para ir direto ao trabalho.

Por onde ComeƧar?

A comida geralmente Ć© um bom ponto de partida. A comida fala todos os idiomas. E tambĆ©m, minha famĆ­lia nĆ£o aceita muito bem a falta dela. Portanto, lĆ” fomos nĆ³s ao mercado. Mais fĆ”cil de falar do que de fazer. Era vĆ©spera de Rosh HashanĆ” e precisĆ”vamos de uma cabeƧa de peixe. O mercado de peixe fica atrĆ”s do mercado de carne, que vocĆŖ precisa percorrer inteirinho primeiro! Cada animal que se possa imaginar e suas partes do corpo estavam pendurados no teto e paredes, e cobrindo o piso. E num dia quente o cheiro definitivamente nĆ£o Ć© algo que eu gostaria de sentir outra vez. Ɖ muito diferente de entrar na peixaria casher e pedir (em bom inglĆŖs) uma entrega.

Ali hĆ” uma piada chinesa dizendo que os chineses comem tudo que tenha quatro pernas, exceto a mesa, e tudo que voa, exceto um aviĆ£o! No mercado pude ver isso em primeira mĆ£o.

Ora, quĆ£o difĆ­cil seria encontrar fermento? Todas as mulheres que assam pĆ£o nĆ£o precisam de fermento? PorĆ©m apĆ³s trĆŖs dias de procura, era vĆ©spera do Shabat e nada. Duas horas antes do Shabat encontrei algum numa lojinha num dos hotĆ©is. A chalĆ” daquela semana deixou muito a desejar.

Para obter frutas e legumes temos de ir ao mercado dos fazendeiros locais. Primeiro, eles tĆŖm sua prĆ³pria medida de peso chamada "jin". NĆ£o hĆ” libras ou quilos, por isso a princĆ­pio tive dificuldades para encontrar uma forma de dizer quanto eu queria de algum produto. E num paĆ­s onde a pessoa mĆ©dia compra um pequeno feixe de verduras e uns poucos cogumelos, alguĆ©m que compra mais que duas batatas Ć© olhado como estranho. Portanto, vocĆŖ pode imaginar a atenĆ§Ć£o indesejada que eu atraĆ­ quando pedi 25 pepinos, 10 pĆ©s de alface, 65 batatas, 12 cebolas e 40 cenouras. Tornei-me uma visĆ£o regular no mercado com muitos dedos apontando para mim (eles se referem a mim como "fang la", i.e., meshugana=louca em yidish), mas tambĆ©m fiz alguns amigos. Posso ser fang la, mas tambĆ©m sou uma boa cliente pagante!

A China Ć© famosa por fazer cĆ³pias de tudo, de bolsas a relĆ³gios e tudo que esteja entre esses. Eu nĆ£o sabia que isso incluĆ­a comida. NĆ£o dĆ” para confiar em nada. Eu estava no mercado, e fiquei empolgada ao ver milho americano enlatado com um hechsher, (selo de supervisĆ£o rabĆ­nica)! Para aumentar meu entusiasmo, estava sendo vendido pela metade do preƧo que eu estava acostumada a pagar. Foi somente depois que cheguei em casa que descobri que o rĆ³tulo era uma cĆ³pia colorida colada com fira adesiva. Quem sabe o que haveria lĆ” dentro?

No entanto, o grande desafio Ć© ser entendido e entender o idioma e as pessoas ao meu redor. Nas minhas primeiras semanas em Beijing, fiquei frustrada por nĆ£o conseguir me expressar, nem sequer fazer perguntas simples. Portanto, matriculei-me para liƧƵes de chinĆŖs. Quando comecei, percebi que precisava das aulas mais do que havia imaginado. AlĆ©m disso, como o chinĆŖs Ć© feito de caracteres em vez de alfabeto (a crianƧa mĆ©dia conhece 2.000 a 3.000), existem tambĆ©m tons de voz. Portanto, descobri que uma palavra pode significar muitas coisas, dependendo do tom usado. 

Por exemplo:
Ma Ć© mĆ£e
Ma Ć© linho
Ma Ć© cavalo
Ma Ć© zombaria
Tudo depende do tom em que vocĆŖ diz Ma.

Na loja, vocĆŖ dizia "qing wen" querendo dizer "posso perguntar", mas num tom diferente "qing wen" dignifica "beije-me".

Agora jĆ” consigo manter uma conversa bĆ”sica (nĆ£o muito rĆ”pida, por favor) em chinĆŖs, fazer minhas compras sem muita frustraĆ§Ć£o, e estou aprendendo a ler e escrever. Meus filhos estĆ£o aprendendo depressa. Como parte de sua educaĆ§Ć£o escolar feita em casa, uma professora de chinĆŖs vem duas vezes por semana.

A Comunidade Judaica de Beijing Ć© formada por cerca de 700 pessoas. SĆ£o 200 israelenses, 250 americanos ou europeus e 250 russos. Portanto, todo evento precisa ser no mĆ­nimo em trĆŖs lĆ­nguas. Somos engajados, mas nĆ£o temos certeza do desenrolar das coisas. No entanto, Baruch Hashem, no pouco tempo em que estamos nessa distante parte do mundo, (20 horas de vĆ“o de Nova York), mais outras dez em escalas, pois nĆ£o hĆ” vĆ“o direto) as coisas tĆŖm acontecido para nos assegurar e reassegurar que nĆ£o estamos sozinhos.

Onde quer que um sheliach (emissĆ”rio do Rebe) vĆ”, a mishalayach vai com ele. A forƧa e inspiraĆ§Ć£o do nosso Rebe sĆ£o muito nĆ­tidos.

Nosso primeiro Rosh HashanĆ” foi pequeno e eu me senti muito estranha. E quando nĆ£o conseguimos explicar a ninguĆ©m que precisĆ”vamos de um lago, uma poƧa ou atĆ© mesmo um aquĆ”rio para tashlich, tive vontade de chorar! Mas, Baruch Hashem, as coisas se ajeitaram. Decidi comeƧar um grupo de Rosh ChĆ“desh. ƀ medida que eu o organizava, perguntei-me quem realmente viria. PorĆ©m vieram 12 senhoras (e quatro ligaram para dizer que dessa vez nĆ£o seria possĆ­vel, mas viriam na prĆ³xima). Eu ainda estava impressionada com aqueles nĆŗmeros quando aconteceu algo ainda mais impressionante.

ƀ medida que percorremos a sala para nos apresentar (em inglĆŖs, hebraico, ou qualquer outro idioma, nĆ£o somos de criar caso), foi isso o que Roberta disse: "Todas vocĆŖs me conhecem, portanto vou dizer-lhes algo a meu respeito que vocĆŖs ainda nĆ£o sabem. O ano passado foi o pior ano da minha vida. Quando eu soube que Chabad estava para chegar, fiquei desolada. Pensava toda noite sobre isso. VocĆŖs estĆ£o todas felizes por Dini e Shimon estarem aqui, mas eu sou a mais feliz de todas! Somente me arrependo por ter perdido um ano de minha vida temendo a chegada deles." Roberta tornou-se nossa mais constante aliada e maior aquisiĆ§Ć£o, como logo vocĆŖs verĆ£o.

Com Tishrei e meu primeiro grupo de ChĆ“desh terminados, estava na hora de comeƧar a planejar ChanucĆ”. Enviamos e-mails para os pais dos alunos de nossa escola dominical e alguns outros que tĆ­nhamos conhecido, convidando-os para uma festa na primeira noite de ChanucĆ”. Ao final do e-mail, acrescentamos um pedido; por favor, divulgue o evento a seus amigos judeus, tragam suas famĆ­lias, e venham todos. Enquanto fazĆ­amos os preparativos, aguardĆ”vamos 30 a 50 pessoas. ƀs 16h, a campainha tocou e nĆ£o conseguimos mais fechar a porta depois daquilo. Antes de nos darmos conta, havia 150 pessoas ali. Foi impressionante ver e comovente saber como era forte a necessidade de ter um Chabad ali. As pessoas diziam: "Somente Chabad pĆ“de reunir toda a comunidade."

Os Shabatot tambƩm cresceram. Baruch Hashem, agora temos um minyan todo Shabat. No Shabat passado tivemos um minyan para MinchƔ, Maariv, Shacharit, Mussaf e MinchƔ! A primeira vez na Beijing Comunista!

A mesa do Shabat Ć© como as NaƧƵes Unidas. Na maioria das vezes temos todos os continentes representados. Todo Dvar TorĆ” precisa ser traduzido em 3 ou 4 lĆ­nguas. Neste Ćŗltimo erev Shabat cozinhei em dobro, portanto meu marido teria todo o necessĆ”rio para o Shabat e eu estaria fora em um congresso. EstĆ”vamos esperando 22 pessoas, mas vieram 47! EntĆ£o comprei tudo de novo, e cozinhamos novamente na manhĆ£ de domingo!

Tivemos uma Festa de Purim com Leitura da MeguilĆ” e atividades e (Ć© claro) comida, e cerca de 180 pessoas. Dessa vez eu estava preparada. Uma mulher israelense agradeceu ao meu marido. Disse que tinha crescido em Israel, totalmente nĆ£o-religiosa, e sempre tinha "celebrado" Purim com festas e diversĆ£o, mas jamais ouvira a MeguilĆ”! Ela nĆ£o sabia que deveria escutĆ”-la em Purim. (Ela teve de ir a Beijing para descobrir isso!)

NĆ³s casherizamos uma fĆ”brica de baguel estilo Nova York duas vezes por mĆŖs. Fabricamos trĆŖs sabores: normal, alho e cebola. Conseguimos requeijĆ£o cremoso de Nova York ou Israel (nĆ£o fico mais constrangida ao pedir Ć s pessoas que me tragam coisas!).

Poucos dias antes de PĆŖssach, fizemos o primeiro bar mitsvĆ” na Grande Muralha da China. A Grande Muralha Ć© construĆ­da sobre uma sĆ©rie de montanhas e para chegar lĆ”, primeiro pega-se um telefĆ©rico (ou pode-se ir a pĆ©, se a pessoa for um atleta), para depois caminhar sobre a muralha que Ć© construĆ­da sobre as montanhas. Portanto, na manhĆ£ do bar mitsvĆ”, o menino e seu pai vieram ao nosso apartamento com mais 30 convidados. Todos estavam com frio e com os olhos inchados. ApĆ³s uma xĆ­cara de cafĆ© forte, as pessoas despertaram e o espĆ­rito de entusiasmo se instalou. Todos embarcamos no Ć“nibus para uma viagem de uma hora. Nosso pequeno SĆŖfer TorĆ” estava conosco na viagem. Foi um lindo bar mitsvĆ”, emocionante, e os habitantes locais realmente apreciaram o show. Quando todos os homens estavam envoltos em talit e tefilin, um grupo de comissĆ”rios da El Al caminhava sobre a Muralha. Ficaram agradavelmente surpresos ao encontrar um minyan e um bar mitsvĆ” acontecendo. Todos se juntaram a nĆ³s, e partilharam os baguels e o requeijĆ£o depois da cerimĆ“nia.

Em seguida veio PĆŖssach. Fizemos a primeira padaria de matsĆ” de Beijing e foi um grande sucesso, onde cinquenta crianƧas ouviram a histĆ³ria de PĆŖssach, fizeram matsĆ” e aprenderam sobre as mitsvot. Decidimos usar o elegante hotel ali perto para o nosso SĆŖder. Alugamos um dos quartos para preparĆ”-lo e, para grande horror dos funcionĆ”rios do hotel, transformamos o quarto num misto de cozinha/fĆ”brica, com alface na banheira, cascas sobre o vidro da mesinha de centro, processador de alimentos ligado perto do despertador, e panelas sobre as camas. Eles ficaram horrorizados. Em contraste, as pessoas no mercado nĆ£o podiam acreditar em sua sorte. Num dia, atingiram a receita que geralmente levavam dois anos para arrecadar. Logo comeƧaram a me seguir pelo mercado, apontando, cochichando e rindo. Tivemos 150 pessoas no nosso primeiro SĆŖder e 70 no segundo, portanto ri melhor quem ri por Ćŗltimo…

Recentemente comeƧamos a importar frangos da shechitƔ de Rabi Mordechai Abergel de Cingapura. Ele e meu marido passaram um dia inteiro nisso, e abateram 730 galinhas. Enviamos metade para Chabad de Shangai (nossos companheiros sheluchim, Rabino e Sra. Shalom e Dinie Greenberg). O restante estƔ disponƭvel aqui para quem quiser galinha casher.

ƀs vezes dizemos coisas e sĆ³ mais tarde percebemos por que Hashem colocou aquelas palavras em nossa boca. Eu estava entrando num tĆ”xi separada do resto de minha famĆ­lia. Roberta olhou para mim e perguntou se eu estava fugindo de casa. Num capricho, eu disse que estava indo a Hong Kong para o micvĆŖ. NĆ£o havia um micvĆŖ em toda a China. Ela ficou chocada por eu ter de viajar para tĆ£o longe e disse-me que estava certa de que poderĆ­amos fazer alguma coisa localmente. E fiel Ć  sua palavra, ela ligou recentemente para dizer que tinha marcado uma reuniĆ£o com o gerente de nosso complexo de apartamentos. Eles deviam a ela US$ 10.000 e um favor, e ela pretendia usar ambos para construir um micvĆŖ em Beijing.

Meu marido e Roberta foram a uma reuniĆ£o com os donos do nosso complexo, e eles disseram que podĆ­amos usar uma parte da sauna feminina e a Ć”rea da Jacuzzi no clube como local para construir um micvĆŖ. (Mais tarde isso foi mudado; estamos agora planejando usar uma das casas, no porĆ£o.) TĆ­nhamos os projetos feitos por Rabino Meir Posen. E estou empolgada por dizer a vocĆŖs que iremos, com a ajuda de Hashem, em breve terminar os projetos e comeƧar a construir o primeiro micvĆŖ na China Continental.

Nosso shelichut Ć© internacional Ć  medida que milhares de estudantes, viajantes e empresĆ”rios passam por Beijing a cada ano, alguns permanecendo seis meses ou um ano, alguns apenas por um Shabat. Estamos aqui porque somos engajados, mas hĆ” dias que sĆ£o solitĆ”rios, quando a China parece tĆ£o distante como a lua, e as coisas nĆ£o parecem tĆ£o brilhantes.

Em Yud Shevat chamei minha filha para escrever um pidyon nefesh, ou "pan" (carta escrita ao Rebe apĆ³s um exame de consciĆŖncia). Minha filha de quatro anos, Devorah, colocou as mĆ£os na cintura e disse: "MĆ£e, nĆ£o sabe? O Rebe estĆ” com Hashem e eles nĆ£o entregam cartas tĆ£o longe assim!" Tentei explicar a ela que o correio vai mais depressa, sem qualquer obstĆ”culo fĆ­sico. Mas em meu coraĆ§Ć£o as palavras dela doeram… Eu me senti um pouco solitĆ”ria, a tristeza apĆ³s Guimel Tamuz. E entĆ£o abri a correspondĆŖncia, e soube que de fato eles entregam cartas entre o Rebe e seus chassidim. Eis aqui o que havia na carta:

"… Neste Shabat passado, vocĆŖs dois cumprimentaram seus convidados com tamanho amor e devoĆ§Ć£o que todos realmente queriam estar ali. Este Ć© o seu magnetismo. Todos foram bem-vindos, fossem ou nĆ£o dati. A maioria dos Rabonim que conhecemos nĆ£o os teria encorajado a vir, mas eu senti que o jeito de vocĆŖs Ć© trazer judeus de volta, nĆ£o os afastando porque eles nĆ£o cumprem todas as mitsvot. Fiquei realmente humilde e senti, Ć  sua mesa do Shabat, que eu estava na PresenƧa do verdadeiro espĆ­rito de D'us. Obrigada por devolver-me esta sensaĆ§Ć£o. Eu a tinha perdido hĆ” tanto tempo, perguntando-me o que eu sentia, por que e se voltaria a recuperar a neshamĆ” que eu acreditava ter perdido. Ɖ impressionante onde e como a sua fĆ© retorna, e sua forƧa de cumprir novamente as mitsvot, e entĆ£o tudo brilha novamente. Obrigada pela sua hospitalidade, sua comida deliciosa e por ajudar-me a encontrar novamente a minha neshamĆ” …"

Enquanto eu lia, percebi que shelichut nĆ£o Ć© sobre grandes edifĆ­cios, grandes doaƧƵes ou jantares luxuosos, mas sim sobre fazer contato com indivĆ­duos, e despertar o pintele yid. VocĆŖ nunca sabe quando isso irĆ” acontecer, ou com quem, mas este Ć© o trabalho. E muitas vezes sĆ£o aqueles que vocĆŖ menos espera que vocĆŖ mais toca. Uma neshamĆ” a cada vez.

Embora possamos estar em Ɣguas desconhecidas, um chassid iz kainmil nit alayn: vu er gayt iz der Rebbe mit im (Hayom Yom). Quando nos lembramos que somos exatamente sheluchim, a hatslachƔ (sucesso) Ʃ ainda maior.

Quando meu pai estava na yeshivĆ” em Montreal, era tempo da classe mais velha ir ao 770. Pouco depois de Simchat TorĆ” eles foram chamados Ć  sala do Rebe. Este falou com eles sobre um filho de um Rei que Ć© enviado a lugares distantes. O Rebe disse que sua shelichut era voltar Ć s respectivas yeshivot enfatizando que a distĆ¢ncia geogrĆ”fica cria uma maior proximidade com a fonte. Esta tornou-se a inspiraĆ§Ć£o de meu pai para ir em shelichut Ć  Ɓfrica do Sul. Meus pais, que estejam vivos e bem, Rabino e Sra. Mendel e Mashi Lipskar, tĆŖm feito a obra do Rebe em Joanesburgo hĆ” trinta anos. Eles transmitiram seu comprometimento e dedicaĆ§Ć£o a nĆ³s, e por isso lhes agradecemos.

Somos privilegiados por sermos uma pequena parte da enorme obra do Rebe, preparando o mundo para ser um Dira Lo Yisboreach adequado, trazendo a GueulĆ” (RedenĆ§Ć£o) definitiva.

Sim, Devorah, eles entregam correspondĆŖncia naquela distĆ¢ncia. Cartas e muito mais…

Estamos em Beijing para ficar,

Com o Rebe.

Nota:

Para mais informaƧƵes sobre Chabad em Beijing acesse o site: www.ChabadBeijing.com

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