Continuamente, dentro de cada ser humano, atuam duas energias opostas: o bem e o mal, a luz e a escuridão. Por mais estranho que possa parecer, estas forças podem agir ao mesmo tempo. Por isso, foram-nos dados poderes espirituais, a cada um de nós, para vencer o mal. Cabe a nós encontrarmos em cada situação a atitude correta, deixando que a luz ilumine nosso caminho na busca da emet (verdade).
Para isso, é indispensável a constância de nosso comportamento, não variando nossas atitudes dependendo do momento que estamos vivendo. Exemplo fiel de constância, encontramos em nosso patriarca Yaacov. Embora tenha passado por tantas dificuldades, sempre manteve sua conduta correta. Seu próprio nome o identifica como uma pessoa ikvi (constante).
Yaacov passou por apuros com seu irmão Essav e posteriormente com Elifaz, filho de Essav, que o perseguiu, por ordem de seu pai, para matá-lo. Só não o fez – conforme relato de nossos sábios – por ter crescido junto a Yitschac, tendo recebido uma formação que o impedia de tornar-se um assassino. Yaacov também passou por situações críticas com Lavan – seu tio, irmão de sua mãe, e seu sogro. Depois teve de enfrentar o anjo-ministro de Essav. Teve problemas também com sua filha Diná e quando lhe parecia ter chegado o momento de um pouco de tranqüilidade, ocorreu um conflito entre seus filhos, que provocou a venda de Yossef.
Contudo, em nenhum momento perdeu a paz de espírito, não mudou seu modo de agir e sua personalidade permaneceu incólume. Sua fidelidade à Torá e às mitsvot não sofreu nenhum abalo e soube superar todos os obstáculos que apareceram à sua frente.
Yossef, seu filho, seguiu esse mesmo comportamento. A Torá conta: "Veyossef hayá Bemitsráyim" (Shemot 1:5) – Yossef estava no Egito. Por acaso não sabemos que Yossef estava morando no Egito? A Torá quis nos dizer, que Yossef manteve-se constante. Que o mesmo Yossef que era pastor do rebanho de seu pai, estava na casa de Potifar e foi vice-rei do Egito. A conduta de Yossef foi sempre a mesma.
No livro de Melachim I (18:21), encontramos um trecho no qual o profeta Eliyáhu chama a atenção do Povo de Israel, dizendo-lhes:"Ad matay atem possechim al shetê hasseifim" – Até quando vocês ficarão indecisos, pulando de um lado para o outro. O profeta Eliyáhu conhecia o grande perigo que um indivíduo passa, quando lhe falta constância; pois sua personalidade fica dividida.
É mais fácil para um idólatra convencer-se de que está no caminho errado e fazer teshuvá (arrepender-se de seus erros, voltando para o caminho da Torá), do que um não idólatra, que também comete erros. O idólatra poderá abrir seus olhos algum dia e arrepender-se de seus pecados, porque está consciente de que tudo o que fez foi contra os mandamentos de D'us.
Entretanto, aquele que está dividido – que tem em seu íntimo as duas forças atuando, às vezes cometendo transgressões graves e às vezes cumprindo alguns mandamentos – pode eventualmente confortar sua consciência, enganando-se, ao imaginar que as atitudes positivas estão dando cobertura a seus erros.
Por isso, o profeta Eliyáhu dirigiu-se ao povo dizendo-lhes (Melachim I 18:21): "Im Hashem Haelokim, lechu acharav, veim habáal lechu acharav" – Se D'us é o verdadeiro, sigam-No e se (o verdadeiro) é o ídolo, sigam-no. Que Benê Yisrael não se iludissem adorando ídolos por um lado e por outro, cumprindo alguns mandamentos da Torá.
Também há um trecho no Pirkê Avot que nos ensina, que não devemos achar que nossas boas ações encobrem nossos pecados. No Capítulo 4, mishná 21, está escrito: "Velô micach shôchad" – o Todo-Poderoso não aceita suborno. A explicação do comentarista Rabênu Ovadyá Mibartenura é que D'us não aceita as boas ações como desculpa pelas más, ou seja, recebemos recompensas pelas boas ações que fazemos, mas também recebemos castigos pelas más (mesmo que sejam poucas).
Rivcá preocupava-se com a constância de seus futuros filhos. Nossos sábios contam que Rivcá, quando estava grávida, encontrava-se muito apreensiva. Quando passava por uma sinagoga o feto dava sinais de inquietude e o mesmo ocorria ao passar na frente de uma casa de idolatrias. Porém, no momento em que soube que esperava gêmeos, ela acalmou-se. O Rabino de Novardok nos explica, que durante todo o tempo em que ela pensava que teria apenas um filho e que este tinha reações tão paradoxais, Rivcá temia sobre seu caráter. Receava que seu filho seria uma pessoa dividida, inconstante no seu caminho. Isso a deixava aflita, porque alguém influenciado ao mesmo tempo pelo bem e pelo mal, sem saber diferenciar entre a luz e a escuridão, querendo freqüentar a sinagoga e outra vez lugares de idolatrias, era preferível que não viesse a nascer.
Porém, quando recorreu à yeshivá de Shem e Êver e lhe disseram que eram gêmeos e que, portanto, estas reações contraditórias não eram do mesmo bebê, acalmou-se. Conforme a Torá nos relata: "Vayitrotsetsu habanim bekirbah vatômer im ken lama zê anôchi vatêlech lidrosh et Hashem. Vayômer Hashem lah shenê goyim bevitnech" (Bereshit 25:22-23) – E lutaram os filhos no seu ventre e ela disse: Se é assim por que eu desejei isso? E foi consultar o Eterno. E disse-lhe o Eterno: Duas nações há no seu ventre.
O Povo de Israel é chamado assim, pelo fato de Yaacov ser chamado assim. Ele recebeu o nome de Yisrael, pelo anjoministro de Essav. Yisrael vem da palavra yashar – as três primeiras letras de Yisrael – que significa correto e Yaacov significa constante. Isso nos encoraja para sermos sempre fiéis à nossa Torá e suas mitsvot, de forma séria, correta e constante.
Para isso, é indispensável a constância de nosso comportamento, não variando nossas atitudes dependendo do momento que estamos vivendo. Exemplo fiel de constância, encontramos em nosso patriarca Yaacov. Embora tenha passado por tantas dificuldades, sempre manteve sua conduta correta. Seu próprio nome o identifica como uma pessoa ikvi (constante).
Yaacov passou por apuros com seu irmão Essav e posteriormente com Elifaz, filho de Essav, que o perseguiu, por ordem de seu pai, para matá-lo. Só não o fez – conforme relato de nossos sábios – por ter crescido junto a Yitschac, tendo recebido uma formação que o impedia de tornar-se um assassino. Yaacov também passou por situações críticas com Lavan – seu tio, irmão de sua mãe, e seu sogro. Depois teve de enfrentar o anjo-ministro de Essav. Teve problemas também com sua filha Diná e quando lhe parecia ter chegado o momento de um pouco de tranqüilidade, ocorreu um conflito entre seus filhos, que provocou a venda de Yossef.
Contudo, em nenhum momento perdeu a paz de espírito, não mudou seu modo de agir e sua personalidade permaneceu incólume. Sua fidelidade à Torá e às mitsvot não sofreu nenhum abalo e soube superar todos os obstáculos que apareceram à sua frente.
Yossef, seu filho, seguiu esse mesmo comportamento. A Torá conta: "Veyossef hayá Bemitsráyim" (Shemot 1:5) – Yossef estava no Egito. Por acaso não sabemos que Yossef estava morando no Egito? A Torá quis nos dizer, que Yossef manteve-se constante. Que o mesmo Yossef que era pastor do rebanho de seu pai, estava na casa de Potifar e foi vice-rei do Egito. A conduta de Yossef foi sempre a mesma.
No livro de Melachim I (18:21), encontramos um trecho no qual o profeta Eliyáhu chama a atenção do Povo de Israel, dizendo-lhes:"Ad matay atem possechim al shetê hasseifim" – Até quando vocês ficarão indecisos, pulando de um lado para o outro. O profeta Eliyáhu conhecia o grande perigo que um indivíduo passa, quando lhe falta constância; pois sua personalidade fica dividida.
É mais fácil para um idólatra convencer-se de que está no caminho errado e fazer teshuvá (arrepender-se de seus erros, voltando para o caminho da Torá), do que um não idólatra, que também comete erros. O idólatra poderá abrir seus olhos algum dia e arrepender-se de seus pecados, porque está consciente de que tudo o que fez foi contra os mandamentos de D'us.
Entretanto, aquele que está dividido – que tem em seu íntimo as duas forças atuando, às vezes cometendo transgressões graves e às vezes cumprindo alguns mandamentos – pode eventualmente confortar sua consciência, enganando-se, ao imaginar que as atitudes positivas estão dando cobertura a seus erros.
Por isso, o profeta Eliyáhu dirigiu-se ao povo dizendo-lhes (Melachim I 18:21): "Im Hashem Haelokim, lechu acharav, veim habáal lechu acharav" – Se D'us é o verdadeiro, sigam-No e se (o verdadeiro) é o ídolo, sigam-no. Que Benê Yisrael não se iludissem adorando ídolos por um lado e por outro, cumprindo alguns mandamentos da Torá.
Também há um trecho no Pirkê Avot que nos ensina, que não devemos achar que nossas boas ações encobrem nossos pecados. No Capítulo 4, mishná 21, está escrito: "Velô micach shôchad" – o Todo-Poderoso não aceita suborno. A explicação do comentarista Rabênu Ovadyá Mibartenura é que D'us não aceita as boas ações como desculpa pelas más, ou seja, recebemos recompensas pelas boas ações que fazemos, mas também recebemos castigos pelas más (mesmo que sejam poucas).
Rivcá preocupava-se com a constância de seus futuros filhos. Nossos sábios contam que Rivcá, quando estava grávida, encontrava-se muito apreensiva. Quando passava por uma sinagoga o feto dava sinais de inquietude e o mesmo ocorria ao passar na frente de uma casa de idolatrias. Porém, no momento em que soube que esperava gêmeos, ela acalmou-se. O Rabino de Novardok nos explica, que durante todo o tempo em que ela pensava que teria apenas um filho e que este tinha reações tão paradoxais, Rivcá temia sobre seu caráter. Receava que seu filho seria uma pessoa dividida, inconstante no seu caminho. Isso a deixava aflita, porque alguém influenciado ao mesmo tempo pelo bem e pelo mal, sem saber diferenciar entre a luz e a escuridão, querendo freqüentar a sinagoga e outra vez lugares de idolatrias, era preferível que não viesse a nascer.
Porém, quando recorreu à yeshivá de Shem e Êver e lhe disseram que eram gêmeos e que, portanto, estas reações contraditórias não eram do mesmo bebê, acalmou-se. Conforme a Torá nos relata: "Vayitrotsetsu habanim bekirbah vatômer im ken lama zê anôchi vatêlech lidrosh et Hashem. Vayômer Hashem lah shenê goyim bevitnech" (Bereshit 25:22-23) – E lutaram os filhos no seu ventre e ela disse: Se é assim por que eu desejei isso? E foi consultar o Eterno. E disse-lhe o Eterno: Duas nações há no seu ventre.
O Povo de Israel é chamado assim, pelo fato de Yaacov ser chamado assim. Ele recebeu o nome de Yisrael, pelo anjoministro de Essav. Yisrael vem da palavra yashar – as três primeiras letras de Yisrael – que significa correto e Yaacov significa constante. Isso nos encoraja para sermos sempre fiéis à nossa Torá e suas mitsvot, de forma séria, correta e constante.
Fonte: revistanascente.com.br