![]() |
Mapa das negociações-Coisas Judaicas |
WASHINGTON, District of Columbia — Israelenses e palestinos retomarão
nesta quarta-feira as negociações de paz, paralisadas há quase três
anos.
Mas após mais de 20 anos de negociações, há temas que ainda separam as duas partes:
---
ESTADO PALESTINO: Os palestinos aspiram a um Estado plenamente soberano
e independente na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, com a capital em
Jerusalém Oriental.
Israel quer um estado palestino
desmilitarizado, uma presença militar no longo prazo no Vale da
Cisjordânia da Jordânia e a manutenção do controle de seu espaço aéreo e
das fronteiras exteriores.
--- FRONTEIRAS PALESTINAS E
ASSENTAMENTOS JUDEUS: os palestinos desejam que Israel saia dos
territórios que ocupou após a Guerra dos Seis Dias de 1967 e desmantele
por completo os assentamentos judeus.
Israel descarta voltar às
fronteiras anteriores a 1967, mas está pronto para deixar algumas
regiões da Cisjordânia, ao mesmo tempo em que anexa os maiores
assentamentos, onde vivem cerca de 360.000 israelenses, incluindo alguns
de Jerusalém Oriental.
Os palestinos pedem um congelamento do processo de colonização enquanto durarem as colonizações de paz.
---
JERUSALÉM: Israel arrebatou a zona árabe de Jerusalém da Jordânia em
1967 e depois a anexou, uma medida que nunca foi reconhecida pela
comunidade internacional. Os israelenses consideram a cidade como sua
capital "eterna e indivisível".
Os palestinos querem fazer de
Jerusalém Oriental, lar de 280.000 palestinos e de mais de 200.000
israelenses, a capital de seu futuro Estado.
--- REFUGIADOS: Há
cerca de 5 milhões de palestinos registrados oficialmente como
refugiados, a maioria deles descendentes dos 760 mil palestinos que
foram expulsos de suas terras na criação do Estado de Israel, em 1948.
Os
palestinos exigem que Israel reconheça seu "direito ao retorno" e pedem
que durante as negociações de paz aceite o princípio da pertinência
desta exigência, cuja concretização seria acordada entre as duas partes.
Israel
rejeita o direito ao retorno. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu
quer, por sua vez, que os palestinos reconheçam o Estado de Israel como
"o estado do povo judeu".
--- ÁGUA: Israel controla a maioria das
fontes subterrâneas da Cisjordânia. Os palestinos querem uma
distribuição mais igualitária do recurso.