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Operação Dubai

Israeli Supermodel Bar Refaeli Stars as a Mossad Agent



Saiba como o Mossad agiu em Dubai e matou Mabhuh

No início de janeiro de 2010 dois Audi A6, atravessaram os portões da sede do Mossad, conhecida como "Midrasha”. Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, desceu de um dos carros e foi saudado pelo chefe da agência, Meir Dagan, de 64 anos de idade. (Dagan foi indicado para o cargo quando Ariel Sharon, era primeiro-ministro).

O primeiro-ministro israelense, Bibi Netaniahu, deu ao chefe do Mossad, Meir Dagan, “a luz verde para a OPERAÇÃO DUBAI durante um encontro na sede do Mossad, ao norte de Tel Aviv”. De acordo com o "Sunday Times", Netanyahu terá sido informado dos detalhes da operação - que não foi considerada "complicada" nem "de risco". Segundo informações Netanyahu teria finalizado o encontro dizendo a Dagan e aos integrantes do esquadrão da Unidade Kidon: “O povo de Israel conta com vocês. Boa sorte!”

Dias depois, em 19 de Janeiro, o vôo EK912, da empresa Fly Emirates, deixou Damasco às 10:05 h em direção a Dubai. A bordo, como havia se informado o Mossad, estava Mabhuh, cujo nome de guerra era Abu Al Abd. Um agente do Mossad, no local da partida ligou para um celular pré-pago na Áustria para informar que seu alvo estava a caminho. Doze horas depois o líder do Hamas estava morto, num quarto de hotel, aparentemente devido a causas naturais.
Eram 15:00h quando, no dia 20 de Janeiro, Mahmoud al-Mabhouh chegou ao aeroporto internacional do Dubai vindo de Damasco. O comandante militar do Hamas viajava com passaporte falso e não estava nos Emirados para fazer turismo. Queria dar poder de fogo à causa do Hamas e preparava-se para fechar um negócio de armas.



Al-Mabhouh já tinha sido alvo de várias tentativas de assassinato mas desta vez, os alegados agentes da Mossad, usaram à risca a sua "licença para matar". Os agentes do Mossad chegaram a Dubai em vôos que saíram de Paris, Frankfurt, Roma e Zurich usando passaportes (britânicos, alemães, franceses e irlandeses) e cartões de crédito, todos forjados.


Os agentes da Mossad tinha treinado cada passo da operação num hotel de Tel Aviv e tudo teria sido perfeito, não fosse o Dubai o palco do crime. O sistema de câmaras CCTV no emirado árabe permitiu reconstruir o homicídio, assim que as primeiras dúvidas foram levantadas. Fotografias dos suspeitos - que se fizeram passar por europeus, com perucas e disfarces - foram divulgadas pela polícia do Dubai para o mundo inteiro.

As imagens de circuito interno do hotel divulgadas pela polícia do Dubai, mostram os agentes do Mossad, dez homens e uma mulher(?), bem à vontade andando pelo hotel. Disfarçados de jogadores de tênis, com perucas e bigodes falsos, a equipe da Kidon acompanhou sempre o líder do Hamas: do aeroporto onde chegou às 15:00, no caminho de táxi, chegando ao requintado hotel Al Butan Rotana onde fez o check-in às 15:25h, até à curta viagem de elevador que pouco depois das 15:00h horas levou Al-Mabhouh do átrio do hotel ao quarto 230 - e os espiões israelenses ao quarto 237, a porta em frente.

Um fato interessante é que No dia 19 de Janeiro, dia da execução, a embaixada de Israel em Londres divulgou uma mensagem no Twitter que foi removida no dia seguinte. A mensagem era: "os jogadores de tênis de Israel atingiram o objetivo no Dubai”. nesse dia, o jogador israelita de tênis, Shahar Peer, ganhou a taça de Tênis no Dubai. Mas as imagens do hotel Al Bustan Rotana mostram os diferentes suspeitos entrando no hall com raquetes de tênis. A mensagem tinha duplo sentido? 



Depois de ter saído do hotel para se encontrar com um contacto, Al-Mabhouh regressou às 20:24h, com os operacionais do Mossad já em posição depois de terem contornado o sistema de acesso ao quarto. Às 20:46h, a equipe é vista abandonando o hotel e em menos de duas horas, o grupo dispersa-se com vôos marcados para Paris, Hong Kong e África do Sul. Morto sem ninguém dar por isso, Al-Mabhouh só foi encontrado às 13:30h do dia seguinte. Quarto e encontraram Mahmoud morto sobre a cama. Um médico decretou que o homem de 50 anos, pai de 4 filhos, havia sofrido um ataque cardíaco. A polícia de Dubai só suspeitou de assassinato alguns dias depois, quando os agentes já estavam longe. Os policiais imaginaram que Mahmoud havia sido eletrocutado, envenenado ou estrangulado. 

Só depois descobririam que o assassinato, que envolveu mais de 30 agentes do Mossad, foi muito mais sofisticado que isso. A autópsia revelou que o sangue continha traços de succinilcolina, um poderoso relaxante muscular muito usado para entubar pacientes de UTI, ligeiramente modificado para atuar mais depressa. Segundo a policia, os agentes injetaram a droga com seringa na coxa de Mahmoud e o sufocaram com um travesseiro. A droga impediu o terrorista de defender-se. “Esse método simulou uma morte natural, sem sinais de resistência da vítima”, afirmou aos jornais o policial Khamis al-Mazeina de Dubai.

Para confundir os investigadores, os assassinos deixaram um remédio de hipertensão no criado-mudo ao lado da cama. Trancaram a porta do quarto e ainda deram o toque que faltava: a plaquinha “Não perturbe” na maçaneta.
Hotel Dubai
Oito passos da operação em Dubai
Segundo informações a operação envolveu cerca de 30 agentes do Mossad. Normalmente não são envolvidos tantos agentes assim, mas algumas fontes dizem que essa operação serviu de treinamento, visto que o alvo era muito fácil, sem guarda-costas ou outros cuidados com segurança e que, devido à remodelação do sistema de informações nos países árabes, a Mossad encarou a missão como um exercício. Parte era um exercício, mas era um exercício que envolvia um assassinato. Outro ponto a destacar é que o Dubai dispõe de um dos controles de passaportes mais eficazes do mundo, foi instalado pelos americanos, e a Mossad queria testar esse sistema.
Porém outras fontes argumentam que o alvo era uma pessoa desconfiada. Em operações como essa os agentes dividem-se em várias equipes. A maior delas, de vigilância, acompanha cada passo do alvo desde sua chegada ao aeroporto. Seus integrantes deveriam saber quando ele estaria no hotel, o que ia fazer lá, com quem se encontraria, que caminho tomaria em cada trajeto.

Dois agentes da equipe de vigilância, disfarçados de jogadores de tênis entraram com Mahmoud no elevador do hotel. Sua missão era descobrir qual era seu quarto e hospedaram-se no quarto em frente. Em missões como essas, para evitar suspeita, os agentes da Kidon sempre mudam de identidade o tempo todo: trocam de roupa, usam bigode, peruca, óculos, maquiagem. Assumem várias feições para espreitar o lobby e os corredores do hotel, como também ruas ou interiores de lojas e restaurantes,e assim garantir que tudo corra bem.

Observadoras, as mulheres são fundamentais nessas tarefas. Se o alvo está num bar, um casal vai lá e senta-se na mesa ao lado. Ou uma jovem atraente o observa no balcão. Parece ficção, mas em Dubai, atuaram pelo menos 6 mulheres do Mossad. Operações assim também contam com o grupo de comando (geralmente um ou dois chefes), o grupo dos assassinos (4, no caso de Dubai) e uma equipe de suporte, que cuida do pagamento dos hotéis, aluguel de carros e outros detalhes. Sem falar das pessoas que monitoram a operação do exterior. Em Dubai os agentes do Mossad fizeram ligações para a Áustria de sete celulares com chips austríacos da empresa T-Mobile austríaca, uma filial da T-Mobile alemã. Provavelmente na Áustria ficava a base de controle.

Fotos dos passaportes de 15 dos agentes do Mossad que participaram da operação em Dubai
Nenhum líder político de Israel ficou contente com a revelação de fotos e vídeos de seus agentes executando um inimigo em outro país. Se a polícia de Dubai se contentasse com a morte natural de Mahmoud, Israel teria custos políticos menores, suas negociações diplomáticas ocorreriam com menos dificuldade e o país evitaria o desejo de vingança dos palestinos. Mas não dá para dizer que o escândalo superou os benefícios da operação. Para o governo de Israel, a eliminação

de líderes como Mahmoud é um “assassinato preventivo”, pois debilita a estrutura de grupos terroristas e evita atentados em seu território. Mahmoud era o homem-

chave do Hamas para a aquisição de armas. Vai ser difícil a organização encontrar um substituto à altura. Além do mais, Dubai tem um valor simbólico: é o elo entre o Hamas e o Irã. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, prega a destruição de Israel, apóia extremistas e desenvolve um polêmico programa nuclear.


Com a missão de Dubai, os israelenses mandaram um recado aos aiatolás: “Seguimos os passos de seus homens e podemos alcançá-los aonde for”. A polícia de Dubai garante que a operação esteve longe da perfeição, pois os agentes deixaram pistas demais. Seus rostos estão dando volta nos jornais e no site da Interpol. Basta acessar o YouTube para vê-los pelo hotel - tudo registrado por câmeras. Como é que um serviço secreto dá tanta bandeira?

Mas para o Mossad a operação foi um sucesso. Os agentes foram filmados e rastreados - com a tecnologia de hoje, seria ilusão pensar que sejam invisíveis. Mas o ponto é: eles chegaram até o alvo, eliminaram-no e escaparam. As evidências só foram detectadas depois, e são inúteis. “Pegue esses 30 rostos, junte-os a centenas de outros e não vai conseguir reconhecê-los”, diz o escritor Aaron Klein. “As caras que vemos nas fotos foram maquiadas e disfarçadas com bigodes e perucas.”

Para rastrear uma pessoa, diz o especialista, você precisa de impressões digitais ou medidas biométricas, como a foto da íris. E não havia nada disso em Dubai.


Assim, as 40 mil câmeras do emirado não colocaram em risco o modus operandi do Mossad. A coisa só deve mudar em 2015, quando a maioria dos aeroportos europeus contará com aparelhos de detecção biométrica. Mesmo assim agentes especializados em invasões cibernéticas podem alterar os bancos de dados biométricos.


Cientistas nucleares

Em Janeiro de 2007, Ardeshir Hassanbpour, cientista nuclear e professor na Universidade de Shiraz, morre na sua casa por inalação de gás. No final de 2009, Shahram Amiri, outro destacado cientista nuclear, parte para a Arábia Saudita numa peregrinação a Meca. Desde então nunca mais ninguém lhe põe a vista em cima no Irã.



Ontem, Masoud Ali Mohammadi, um reputado acadêmico iraniano na área da Física Quântica e Nuclear, abandonava a sua casa às oito da manhã - hora de Teerã - quando um engenho explosivo colocado numa moto foi acionado por controlo remoto. A violência da explosão foi tal que destruiu as janelas da vizinhança e fez dois feridos. Ali Mohammadi morreu.



Minutos depois do atentado, já as agências noticiosas iranianas lançavam biografias do professor, lembrado como "devoto revolucionário" e "apoiador do regime". A oposição contestou e reclamou para o seu lado a memória de Mohammadi, "um apoiante de Mir Hossein Mousavi". Mas, ao contrário de muitas outras, a morte de Ali-Mohammadi não está ligada à turbulência política que tem varrido o Irão desde o anúncio dos resultados das eleições presidenciais de Junho.

Apesar da distância temporal, há um elo entre Hassanbpour, Amiri e Mohammadi. Mais do que terem desaparecido em circunstâncias misteriosas, estes três homens eram tidos como cérebros mais ou menos próximos do programa nuclear iraniano.

Para evitar males maiores, há algum tempo que o regime islâmico estabeleceu medidas que prevêem o controlo de movimentos, segurança pessoal e correspondência dos cientistas ligados ao dossiê nuclear. No entanto, a morte de Mohammadi vem reforçar a sensação em Teerão de que há secretas apostadas em recrutar - os oficiais ou cientistas dissidentes são considerados minas de ouro de informação pelas agências ocidentais - ou liquidar os homens na linha da frente do desenvolvimento tecnológico iraniano.

"Assim que George W. Bush deixou a Casa Branca, muitos deixaram de acreditar num ataque americano ao Irão. A julgar pelos eventos de hoje, o mesmo não pode ser dito sobre a guerra de espionagem contra o país", sublinha o analista do "The Guardian" Meir Javedanfar.

Ninguém em Teerã acredita em coincidências e, depois de alguma confusão inicial sobre a autoria do ataque a Mohammadi, não demorou muito até que o regime apontasse o dedo à CIA e à Mossad: "As investigações preliminares à morte do professor Mohammadi expõem o triângulo Israel, Estados Unidos e seus aliados no Irão", garantiu Mihman-Parast, porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano.

As ações que Parast catalogou como "terroristas" e "desumanas" têm por objetivo travar o avanço tecnológico iraniano no domínio nuclear. "Em vez disso, vão ajudar a mobilizar os jovens talentosos iranianos para acelerar o progresso do seu país", garantiu Parast numa manifestação de força do regime. A verdade é que as secretas parecem estar a cavar cada vez mais fundo os segredos atômicos de Teerã. Há especialistas que falam abertamente de uma "guerra encoberta" em curso.



Fontes:

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