Michael |
A editora russa Algoritmo acaba de lançar “Michael”, do ministro da propaganda do Terceiro Reich, Joseph Goebbels, escrito em 1923. No prefácio do livro, lê-se: "Esse romance representa uma visão juvenil, ingênua em muitos aspectos, mas, ao mesmo tempo, atrevida das gerações anteriores de escritores: românticos, realistas, simbolistas, expressionistas. A imaturidade juvenil condiciona o arrebatamento, a sinceridade, a espontaneidade dos pensamentos e dos sentimentos do autor e a presença de aforismos cada vez mais aguçados.
O romance está imbuído da influência tangível de Goethe, Nietzsche, Dostoiévski e do Evangelho. Alguns pontos controversos da novela apresentam-se hoje como um inegável anacronismo, mas devemos lembrar que na época em que o romance foi criado, eles não estavam à margem, e sim eram amplamente aceitos em todos os estratos da sociedade. Por isso, não temos o direito de censurar o autor por esse ou aquele ponto de vista que nem mesmo poderia ser pessoalmente dele".
A figura de Goebbels por si só não é um tema proibido no mundo livre. Seus diários dos anos 1930 e 1940 foram publicados há tempos nos EUA, na Inglaterra, na Itália e até na França.
Joseph Goebbels |