Quando jovem, o grande escritor argentino Jorge Luis Borges (1899-1986) se emocionou com a possibilidade de ter antepassados de origem judaica, hipótese que nunca pôde comprovar, mas que transparece em sua obra literária e suas posições públicas contra o antissemitismo.
A relação de Borges com o judaísmo foi o eixo da principal conferência do 5º Simpósio Internacional de Estudos Sefaraditas, realizado em Buenos Aires de 16 a 18 de agosto.
A filóloga e crítica literária María Gabriela Mizraje afirma que Borges teve uma forte “vontade de se envolver com a cultura judaica, em geral, e sefaradita, em particular”.
Aos 21 anos, quando já mostrava sua curiosidade pela cultura judaica, Borges descobriu que o sobrenome materno, Acevedo, consta na relação das famílias de judeus portugueses convertidos que emigraram para a Argentina.
“Não sei bem como contemplar essa porção de sangue israelita que corre pelas minhas veias”, contou por carta ao amigo Maurice Abramowicz, escritor judeu de origem polonesa.
Segundo Mizraje, a obra do filósofo holandês de origem sefaradita Baruch Spinoza foi uma de suas principais paixões.
Na década de 1930, quando uma crescente onda de antissemitismo atravessou a Argentina, Borges foi “acusado” de defender os judeus. Em resposta, ele publicou o artigo 'Eu judeu', no qual afirma que embora não fosse possível confirmar sua origem judaica, ele adoraria poder fazê-lo.
A especialista ressalta que este interesse não só atravessa a obra narrativa e poética, como também suas conferências e seus atos de compromisso público contra o antissemitismo e em respaldo a Israel durante a Guerra dos Seis Dias (1967).
“A fidelidade de Borges ao judaísmo emociona porque poderia ter sido um fascínio de juventude, mas ele o manteve ao longo de toda sua produção”, destacou Mizraje.
A relação de Borges com o judaísmo foi o eixo da principal conferência do 5º Simpósio Internacional de Estudos Sefaraditas, realizado em Buenos Aires de 16 a 18 de agosto.
A filóloga e crítica literária María Gabriela Mizraje afirma que Borges teve uma forte “vontade de se envolver com a cultura judaica, em geral, e sefaradita, em particular”.
Aos 21 anos, quando já mostrava sua curiosidade pela cultura judaica, Borges descobriu que o sobrenome materno, Acevedo, consta na relação das famílias de judeus portugueses convertidos que emigraram para a Argentina.
“Não sei bem como contemplar essa porção de sangue israelita que corre pelas minhas veias”, contou por carta ao amigo Maurice Abramowicz, escritor judeu de origem polonesa.
Segundo Mizraje, a obra do filósofo holandês de origem sefaradita Baruch Spinoza foi uma de suas principais paixões.
Na década de 1930, quando uma crescente onda de antissemitismo atravessou a Argentina, Borges foi “acusado” de defender os judeus. Em resposta, ele publicou o artigo 'Eu judeu', no qual afirma que embora não fosse possível confirmar sua origem judaica, ele adoraria poder fazê-lo.
A especialista ressalta que este interesse não só atravessa a obra narrativa e poética, como também suas conferências e seus atos de compromisso público contra o antissemitismo e em respaldo a Israel durante a Guerra dos Seis Dias (1967).
“A fidelidade de Borges ao judaísmo emociona porque poderia ter sido um fascínio de juventude, mas ele o manteve ao longo de toda sua produção”, destacou Mizraje.