Apesar da retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos, anunciada no mês passado pelo secretário de Estado americano John Kerry, a Administração Civil de Israel aprovou ontem (7) os planos de construção de 878 unidades residenciais em assentamentos na Cisjordânia.
A presença e expansão dos colonos nos territórios palestinos é um dos mais graves entraves ao diálogo, além de ter sido a razão do congelamento das negociações em 2010, levando a quase três anos de paralisação.
De acordo com o jornal israelense "Haaretz", a discussão a respeito de alguns dos planos havia sido postergada após o anúncio de Kerry. O tema voltou à tona nos últimos dias, porém.
A construção de casas em assentamentos na Cisjordânia envolve um longo processo burocrático, incluindo a aprovação de um conselho de planejamento e do Ministério da Defesa.
As unidades residenciais validadas pela Administração Civil estão divididas em diversos assentamentos, como Talmon (559 unidades) e Shiloh (112), de acordo com a mídia israelense.
A construção residencial na Cisjordânia é criticada pela comunidade internacional, conforme a área para além das fronteiras de 1967 é tratada como um território ocupado.
No domingo (4), o governo israelense incluiu 91 assentamentos em uma lista de financiamento prioritário.