Os Bnei Efraim são uma pequena comunidade rural na Índia que afirmam ser os descendentes da tribo bíblica de Efraim, exilado da terra de Israel, cerca de 3.000 anos atrás. Apesar de que esta história está longe de ser esclarecida, pelo menos um membro deste grupo tem encontrado seu caminho para Israel, onde viveu os últimos 17 anos.
Yehoshua Yakobi, hoje com 39 anos, estava em seus 20 e poucos anos, quando começou a praticar a tradição judaica no remoto estado de Andhra Pradesh, sudeste da Índia.
Seu pai, Shmuel Yakobi é considerado o “fundador” da comunidade Bnei Efraim. Um ex-pregador cristão, Shmuel visitou Israel no início dos anos 80 e ficou convencido de que seu passado – e o de seu povo – era judeu, não cristão.
“Os Bnei Efraim”, afirma Shmuel, “migraram do norte da Índia, ou talvez via o Afeganistão ou pelas regiões de Mizoram e Manipur (onde os Bnei Menashe se assentaram após suas andanças), se assentando, finalmente, em uma área chamada Nandial.
Após voltar de Israel à Índia, Shmuel foi acompanhado em sua jornada ao judaísmo por seus irmãos e seus filhos – cerca de 30 familiares no total (hoje existem cerca de 120 famílias na comunidade). os irmãos de Shmuel, Tzadok e Aaron, tornaram-se líderes comunitários em sua aldeia natal de Kottareddipalem e estabeleceram várias sinagogas. Tzadok também visitou Israel, como mostrado na imagem acima.
Vários membros dos Bnei Efraim recentemente visitaram Israel. Em sua visita encontraram com o Rabino da Shavei Israel, o Rabino Eliyahu Birnbaum.
Esther Ephrathi, um dos membros desta comitiva, disse ao rabino Birnbaum, que todos os judeus pertencem a uma mesma família e que os judeus dispersos, como os Bnei Efraim, devem se juntar à família judaica em Israel.
Ephrathi resumiu a viagem, acrescentando: “Eu aprecio o povo judeu por cuidar dos lugares sagrados tão cuidadosamente. Eu sou muito grata ao Todo-Poderoso por me dar esta oportunidade de visitar a Terra Santa! ”
Quando Yehoshua imigrou para Israel, a Shavei Israel ainda não existia. No ano passado, no entanto, Yehoshua encontrou com o fundador e presidente da Shavei, Michael Freund, que sugeriu que ele começasse a traduzir livros e outros materiais religiosos do hebraico para o Telugu, idioma falado pelos Bnei Efraim, para que assim habilite a comunidade saber mais sobre as crenças e as práticas judaicas.
Yehoshua viveu seus primeiros 15 anos no país, em Jerusalém, estudando meio-período em uma série de yeshivot, servindo nas Forças de Defesa de Israel e, mais recentemente, trabalhando na biblioteca da Universidade Hebraica, onde conheceu sua esposa – também uma imigrante, mas, da Ucrânia.
Yehoshua mudou-se para Ramat Gan há dois anos para estar mais perto da família de sua esposa. Enquanto ele é formado em biologia e química, hoje trabalha como vendedor em uma loja de sapatos local. Ele continua estudando e disse que sente falta de Jerusalém.
Em novembro do ano passado, Yehoshua teve a breve companhia de seu tio, Tzadok, a quem Shavei Israel trouxe a Israel para estudar hebraico, Torah e Mishna. Ele também estudou com os rabinos Yehuda Gin e Gurion Sela da comunidade Bnei Menashe.
Sobre sua viagem, Tzadok escreveu em uma carta para casa, “Que Hashem abençoe a Shavei sempre e traga também seu povo – Bnei Ephraim – em breve à Terra Santa”. Em dezembro, Tzadok retornou à Índia para ensinar o que tinha aprendido.
O pai de Yehoshua, Shmuel, entretanto, continua a ensinar na Índia. Ele mantém-se atualizado sobre as notícias de Israel, lendo a edição internacional semanal do Jerusalem Post e espera publicar um CD com músicas dos Bnei Efraim cantadas em hebraico e com melodias tradicionais folclóricas Telugu.
Comitiva dos Bnei Efraim com o Rabino Eliyahu Birnbaum