A menorá, a fé judaica e o Rosh Hashaná

A menorá, a fé judaica e o Rosh Hashaná

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A menorá, a fé judaica e o Rosh Hashaná



Detalhe de painel do Arco do Triunfo de Tito, em Roma, mostrando despojos do Templo de Jerusalém.
Foto: Wikipédia/Cópia do painel no Museu Beth Hatefutsot, em Israel.
As Grandes Festas do mês de Tishrei simbolizam nossa forte ligação com a terra de Israel, nossa fé e nossa história. Estamos todos familiarizados com os símbolos destas festas, que fazem de nós o que somos: o povo judeu.

Estes símbolos foram transmitidos por gerações e estão associados com a terra (romã, palmeira) e com a fé (a menorá, a Arca Sagrada, o Templo).

A menorá, um candelabro de sete braços, era uma peça central no Segundo Templo de Jerusalém. Os romanos destruíram o Templo e a levaram, como espólio de guerra. Isso foi representado no Arco do Triunfo de Tito, erguido em comemoração a suas vitórias, entre elas, o cerco de Jerusalém no ano 70 DC. A imagem acima se tornou o símbolo da Diáspora judaica – a menorá esculpida no monumento em Roma é visível até os dias de hoje.

Após a destruição do Templo, a menorá se tornou um símbolo do judaísmo, com um significado tanto de fé como nacionalista, e passou a aparecer em uma variedade de objetos, tais como mosaicos e elementos arquitetônicos.

A menorá tem sete braços que a sustentam. O braço é o membro que conecta o mundo material com o mundo espiritual. Para transformar pensamentos e ideias, devemos agir, e os membros que mais atuam em nosso corpo são os braços e as mãos. Assim, o braço é a ligação entre o nosso “eu interior” e o “eu exterior”.

Os sete braços da Menorá representam os sete dias da semana; em cada dia, é acesa uma vela. A menorá simboliza levar uma vida iluminada durante todos os dias. São iluminados nossos atos e escolhas, pois a luz nos faz avaliar as coisas de forma objetiva e precisa. Um pouco de luz é suficiente para espantar a grande escuridão.

O período do ano que temos mais chance de reavaliar nossa vida é justamente o mês de Tishrei, o mês da balança (daí surgiu um dos signos do zodíaco). É o momento em que fazemos o balanço, em que temos a oportunidade de colocar o intelecto acima dos sentimentos, de alcançar o equilíbrio e, assim, montar os alicerces da vida com os valores corretos.

Em Tishrei, que é o mês de Rosh Hashaná, da mesma forma que pedimos perdão a D’us, perdoamos e pedimos perdão aos outros. Não estamos nesse mundo somente para iluminarmos nossas vidas: existe uma responsabilidade coletiva. Não devemos nos preocupar apenas em acender nossa chama interna, mas também com que o outro tenha a mente iluminada. Uma menorá acesa.

Em 14 de maio de 1948, quando as rádios anunciaram a fundação de Israel, os judeus de Roma vieram de todas as partes da cidade para o Arco de Tito. Riram, gritaram, choraram, fizeram muito barulho.

Texto baseado em explicação do rabino Daniel Weinmann, no site da Israel Antiquities Authority e na Wikipédia.

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