O presidente eleito do Irã, Hasan Rowhani, em frente a retrato do líder revolucionário aiatolá Khomeini.
O presidente eleito do Irã, Hasan Rowhani, prometeu manter o apoio à
luta do regime sírio contra rebeldes e Israel, deixando claro que seu
governo seguirá uma estratégia regional anti-Ocidente, apesar de
promover agenda reformista.
"Relações profundas e duradouras entre o Irã e a Síria indicam que as
duas nações continuarão determinadas a cooperar em vários aspectos [...]
e a enfrentar complôs contra inimigos regionais, especialmente o regime
sionista", disse Rowhani, que toma posse em agosto.
O texto foi uma resposta à mensagem do ditador da Síria, Bashar al-Assad, parabenizando Rowhani por sua eleição, no mês passado.
No comunicado, Rowhani se diz confiante de que o "grande e resistente
povo da Síria deixará para trás esta situação de crise" e conseguirá
"preservar sua independência territorial".
Foi a primeira declaração aberta de apoio de Rowhani ao regime sírio,
que há dois anos enfrenta insurgentes apoiados por países ocidentais,
por monarquias árabes e pela Turquia.
O silêncio do presidente eleito alimentou especulações de uma possível
inflexão na posição iraniana, que consiste em fornecer apoio financeiro,
político e militar a Assad para manter um "eixo de resistência" aos
interesses ocidentais e israelenses no Oriente Médio.
A mensagem a Assad indica que Rowhani considera o apoio a Damasco uma
questão estratégica que transcende divergências entre políticos
iranianos.
Embora o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, seja a máxima autoridade
na república islâmica, o presidente tem relativa autonomia na gestão dos
temas externos.