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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (21/07) que o diálogo de paz anunciado pelo secretário de Estado norte-americano, John Kerry, será "sério" e "discreto", e que os palestinos deverão fazer concessões que garantam a segurança regional.
"Não será fácil", advertiu Netanyahu, antes de assegurar que "o processo será responsável direto ao ponto e, em suas fases iniciais, também discreto", de acordo com um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense.
Os comentários do chefe do Executivo coincidem com os pronunciados na sexta-feira por Kerry, que prometeu discrição ao anunciar o reatamento das negociações entre israelenses e palestinos após três anos de interrupção dos diálogos. "Nossos interlocutores nas negociações terão que fazer concessões que nos permitam manter a segurança do Estado de Israel e proteger seus interesses vitais", disse Netanyahu.
E em uma tentativa de acalmar as vozes mais reticentes ao diálogo entre os membros de sua coalizão, reiterou que qualquer acordo de paz deverá ser referendado em um plebiscito. "Não acho que decisões deste tipo possam ser adotadas por uma ou outra coalizão, mas têm que ser levadas ao povo para que ele dê sua última palavra", explicou.
Netanyahu afirmou que as conversas são de interesse vital para os israelenses e que ele se guiará por dois princípios: impedir a criação de um estado binacional e o estabelecimento de um estado terrorista apoiado pelo Irã nas fronteiras de Israel.
As conversas entre as partes se prolongarão entre nove e 12 meses, de acordo a fontes oficiais israelenses citadas pela imprensa.
A parte israelense estará representada pela responsável de Negociações e ministra de Justiça, Tzipi Livni, e o enviado de Netanyahu, Itzjak Moljo; os palestinos, por sua vez, estarão com o negociador-chefe, Saeb Erekat.
(*) com Agência Efe