Hot Widget

Type Here to Get Search Results !

Google paga US$ 1,3 bilhão pelo aplicativo de trânsito Waze

Em 2005, o Google decidiu que era o momento de ingressar na área de serviço de mapas e localização. Para participar desse negócio, a companhia foi até a Austrália comprar a Where2, desenvolvedora da tecnologia que se tornou, mais tarde, a base para o atual serviço Google Maps. Desde então, a buscadora fundada por Larry Page e Sergey Brin tem feito atualizações constantes em seu sistema de localização, seja por meio de soluções desenvolvidas internamente, seja por meio de aquisições. As compras efetuadas, no entanto, sempre tiveram valores modestos – foram quatro transações, com um investimento total de US$ 40 milhões. Na terça-feira 11, porém, o gigante do Vale do Silício fez uma de suas mais ousadas aquisições. 
 
93.jpg
Serviço cobiçado: o Waze se tornou popular ao fornecer
informações sobre rotas de trânsito
 
O Google teria pago, segundo estimativas do mercado, US$ 1,3 bilhão para adquirir a israelense Waze, criadora do badalado serviço de trânsito em tempo real, que era disputado também pela Apple. “Estamos felizes em integrar o Waze”, afirmou Brian McClendon, vice-presidente de localizações do Google. “Eles nos ajudarão a ser o melhor serviço de mapas do mercado.” O Waze foi lançado em 2009, em Tel Aviv, capital de Israel, pelo economista Uri Levine, pelo cientista de computação Ehud Shabtai e pelo engenheiro elétrico Amir Shinar. A intenção deles era criar um mapa que fosse atualizado em tempo real pelos usuários. 
 
Ao ficar sabendo que os fundadores procuravam um CEO para comandar a empresa, Noam Bardin, um economista formado pela Universidade Hebraica de Jerusalém e que hoje tem 42 anos, os procurou e se candidatou para o cargo. “Estava acompanhando de perto o desenvolvimento da start-up”, afirmou ele ao jornal israelense The Jewish Chronicle. Um dos segredos do sucesso do Waze – que possui 50 milhões de usuários no mundo, dos quais 20 milhões ativos – é justamente ser baseado na colaboração dos internautas. O serviço calcula a velocidade de deslocamento das pessoas, por intermédio do GPS instalado nos smartphones, e informa sobre a situação do trânsito em cidades de diferentes países, incluindo o Brasil. 
 
Os usuários também podem listar acidentes, batidas policiais e radares nas ruas. Com a venda para o Google, acredita-se que possa haver uma integração total com o Maps, mas isso não deve ocorrer agora. “Vamos manter nossa comunidade, marca, serviço e organização”, afirmou Bardin, em nota. O Google também deu sinais de que não tem pressa para realizar mudanças na tecnologia adquirida. “O Waze continuará a ser administrado a partir de Israel”, afirmou McClendon. “Por enquanto.” A quantia desembolsada pelo Google causou estranheza em alguns analistas internacionais, segundo os quais, embora tenha uma audiência invejável, a receita do Waze não chegou nem a US$ 2 milhões em 2012. Em todo caso, isso não impediu que concorrentes também cogitassem pagar uma dinheirama pelo aplicativo, ainda que em valores mais baixos que o oferecido pelo Google. 
 
Em março, por exemplo, a start-up israelense recusou uma oferta de US$ 400 milhões da fabricante da Apple. “O Waze vale US$ 1,3 bilhão? Os números dizem que não”, afirma Jeff Kagan, CEO e fundador da consultoria americana que leva seu sobrenome. “Mas o Google tem o serviço de mapas mais popular, com um grande potencial da integração com o Waze.” Os analistas também lembram que, ao incorporar o Waze, o Google mantém a start-up longe das mãos da Apple. “Eles estão brigando no setor de geolocalização e a Apple também prioriza esse setor”, diz Julie A. Ask, da consultoria americana Forrester. Ao fechar com o Google, o Waze despertou curiosidade em relação ao setor digital de Israel. 
 
Com 4,8 mil companhias digitais, o mercado israelense perde apenas para o americano em termos de geração de novas empresas, segundo dados do site Business Insider. O próprio Google conta com um acelerador lá. A proximidade com os gigantes da tecnologia estimula nos empreendedores locais o desejo de realizar uma megatransação. Foi o caso de Noam Bardin. No blog oficial da empresa de mapas e localização, ele afirmou que sempre foi sua intenção negociar a start-up. Isso porque optar pelo IPO os submeteria a uma grande pressão por lucros, dificultando a inovação. Ao dizer isso, é como se sugerisse que sempre esteve à espera do criador do Maps. “O Google nos garante a tranquilidade necessária para continuarmos o trabalho”, escreveu. “Larry Page, Brian McClendon e o Google sempre acompanharam nossos passos.”
 
94.jpg

Postar um comentário

0 Comentários
* Please Don't Spam Here. All the Comments are Reviewed by Admin.

Top Post Ad

Below Post Ad

Ads Section