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Lisboa acolhe mostra de cinema sobre cultura judaica


Lisboa acolhe
Cinema Judaico
este mês a primeira Mostra de Cinema e Cultura judaica, com filmes recentes, debates e um concerto de música klezmer, num programa organizado por Elena Piotok, mexicana de ascendência judia, antiga conselheira cultural em Portugal. 


"Contei com vários apoios, mas esta é uma iniciativa pessoal, com filmes que não passam cá. É uma organização modesta, mas tem uma vertente importante para as escolas", explicou Elena Piotok à agência Lusa.



A Judaica - Mostra de Cinema e Cultura decorrerá de 22 a 25 no cinema São Jorge, com cerca de uma dezena de filmes, entre os quais "O comboio da vida" (1998), do realizador romeno Radu Mihaileanu (conhecido por "O concerto", de 2009), "Zayton" (2012), do israelita Eran Riklis, e "O quinto céu", da mulher, Dina Zvi-Riklis, estando prevista a presença do casal em Lisboa.



Destaque ainda para o documentário biográfico "Nunca te esqueças de mentir" (2012), do realizador polaco Marian Marzynski, sobrevivente do Holocausto.



Do realizador Larry Weinstein será exibido, numa sessão para as escolas, o filme "A mala de Hana" (2009), documentário que inclui animação a partir da história de uma mala encontrada no Museu do Holocausto de Tóquio proveniente do Museu de Auschwitz.



Na sessão de encerramento será exibido o filme "Hannah Arendt" (2013), de Margarethe von Trotta, sobre a ensaísta alemã e o julgamento do nazi Adolf Eichmann em 1961, que ela acompanhou e sobre o qual escreveu para a revista New Yorker, dando origem à obra "Eichmann em Jerusalém - Um relato sobre a banalidade do mal".



A exibição será acompanhada de um debate com Esther Mucznik, vice-presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, e com os docentes António Araújo e Miguel Nogueira de Brito.



No sábado, dia 25, está previsto um concerto do Lisbon Klezmer Brass, grupo português que recria a música klezmer e que integra Ian Mucznik, Gil Stewart, Eduardo Lála, Jean-Marc Charmier, Francisco Andrade e Pedro Carvalho.



Elena Piotok recordou que foi incentivada a avançar com esta mostra pela diretora do festival de cinema judaico de Londres, porque existiam várias mostras semelhantes na Europa e nenhuma em Lisboa.



"É uma mostra mais pequena, menos ambiciosa, mas que não é muito comum de se fazer em Lisboa, até porque a comunidade judaica também é pequena, embora tenha uma presença quotidiana", disse.



O que moveu Elena Piotok a organizar a mostra remete para o seu passado, para a necessidade de saber mais sobre a cultura dos pais, polacos judeus, que sobreviveram ao Holocausto e viveram em cativeiro na Sibéria, antes de se mudarem para Cuba e, depois, par o México.



Elena Piotok nasceu no México e fixou-se em 1989 em Lisboa com a família, depois de vários anos de vida quase nómada no país natal, no Japão, nos Estados Unidos - onde estudou literatura japonesa - e no Canadá.



Em Lisboa foi conselheira cultural da embaixada do México até 2000, aproveitando agora os contatos estabelecidos para avançar com esta mostra cultural.

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