Glóbulos vermelhos no coração humano (Foto: Ton Haex) |
Pesquisadores do
Instituto Weizmann estão trabalhando em um “nanorrobô” que caminha pelo
sistema circulatório, detectando doenças e tratando-as no local. Os
estudos têm sido promissores. Para que esse robô funcionasse, seria
necessário que ele fosse menor do que uma célula humana, mas muito
sofisticado para poder se comunicar com ela.
Para chegar a esse
resultado, os pesquisadores criaram um computador parecido com a
estrutura que constitui o corpo humano, o DNA. Os cientistas conseguiram
criar um dispositivo genético que opera de forma autônoma em células
bacterianas.
Ele escaneia as células para verificar se todos os genes
ali presentes estão expressos como deveriam, já que moléculas
defeituosas ocasionam rupturas na expressão genética. Células
cancerígenas, por exemplo, expressam nos genes
falhas relacionadas ao crescimento das células, o que faz com que
cresçam rapidamente e deem origem aos tumores.
O dispositivo é
pré-programado com dados sobre a célula, sendo assim, se as informações
encontradas dentro dela baterem com as já informadas, o sistema gera uma
proteína que emite uma luz verde. Os especialistas afirmam que, no
futuro, a proteína que emite luz poderá ser substituída por outra que
fará com que as células se autodestruam, caso, no diagnóstico, sejam
verificadas falhas.
O próximo passo dos pesquisadores é trabalhar com
essa bactéria dentro do corpo humano, o que não deve ser um problema, já
que o nosso corpo contém aproximadamente 10 vezes mais células
bacterianas do que humanas.
Ainda maior avanço representa a
possibilidade de que esses dispositivos funcionem dentro de células
humanas, mas
isso ainda deve levar algum tempo, já que as células humanas são muito
mais complexas do que as bacterianas. A pesquisa foi publicada nos
Relatórios Científicos da Nature.