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Assad ameaça Israel e não confirma entrega de mísseis russos

Assad na TV
Numa entrevista, transmitida pela televisão oficial síria e num canal de televisão libanês próximo da guerrilha do Hezbollah, o presidente sírio Bashar al-Assad foi vago quanto à entrega de mísseis terra-ar russos S-300. 

Horas antes, o jornal libanês Al-Akhbar, antecipando a entrevista, havia dito que o Presidente confirmava a entrega das armas.

Nas declarações transmitidas, Assad reconheceu, apenas, que acordos "anteriores" de fornecimento de armamento estão a ser cumpridos pela Rússia. 

"Todos os acordos assinados com a Rússia serão cumpridos e uma parte já está a sê-lo," afirmou Assad, sem concretizar o tipo de armas fornecidas.

O Presidente afirmou ainda que a Síria não irá tolerar mais nenhuma "agressão" por parte de Israel a qual, a suceder, terá resposta.

Israel garantiu que irá "impedir" que os mísseis caiam em mãos capazes de os usar contra si, nomeadamente o Hezbollah, reconhecendo ainda não pretender uma "escalada" no conflito.

Só em 2014

Dois jornais russos, esta sexta-feira, garantem que é improvável que os mísseis sejam entregues ainda em 2013. Uma fonte anónima da indústria russa de armamento afirmou também, à agência russa Interfax, que a entrega dos S-300 não deverá acontecer antes do outono. 

Aliás, de acordo com o jornal francês Le Monde, os diários Vedomosti e Kommersant afirmam que, segundo contratos assinados em 2010 no valor de um milhão de dólares, "a entrega dos mísseis só se realizará no segundo semestre de 2014." 

Serão necessários ainda seis meses para formar e treinar pessoal sírio no manuseamento dos mísseis e plataformas de lançamento, antes destes se tornarem operacionais. 

Os mísseis S-300 são armas sofisticadas capazes de intercetar aviões em pleno voo ou mísseis teleguiados. A Rússia considera-os fundamentais para que a Síria se possa defender de agressões externas ou de uma intervenção internacional semelhante à sucedida na Líbia na luta para depor Muammar Kadhaffi. 

Ameaça a Israel

A entrega dos mísseis anunciada pela Rússia, logo após a União Europeia ter levantado o embargo de armas aos rebeldes, agravou a tensão entre Israel e a Síria.

Na entrevista, o Presidente sublinhou que a Síria irá "responder" à próxima agressão israelense.

"Informámos todas as partes que nos contactaram de que responderemos a qualquer agressão israelita da próxima vez," disse Assad.

Israel já efetuou três ataques aéreos em solo sírio, contra o que disse serem comboios de reabastecimento de armas, provenientes do Irão e destinados ao Hezbollah. Os mísseis poderão impedir novos ataques aéreos israelitas. 
Nova frente nos Monte Golã

A artilharia israelita tem ainda disparado contra posições sírias na zona tampão dos Montes Golã, sempre que caem, do seu lado da fronteira, obuses aparentemente provenientes de combates entre rebeldes e forças governamentais sírias.

"Há claramente uma pressão popular para abrir uma nova frente de resistência nos monte Golã," afirmou Assad.

De acordo com o jornal israelita Haaratz, o conselheiro para a segurança nacional israelita, Yaakov Amidror, terá afirmado, numa conferência com diplomatas europeus, que Israel "não iria deter a entrega dos mísseis S-300" mas que "iria impedir que estes se tornassem operacionais." 

O ministro da Água e Energia, Sylvan Shalom, sublinhou por seu lado numa entrevista à rádio pública de Israel que o grande perigo é que as "armas estratégicas" que a Síria detém caiam em mãos capazes de as usar contra Israel, "nomeadamente a guerrilha libanesa do Hezbollah."
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