Os israelenses não foram os únicos a comemorar os 65 anos da Independência do país. As praias de Tel Aviv estiveram cheias de africanos de Darfur que buscam asilo, acenando a bandeira de Israel e participando do ambiente de celebração.
De acordo com a Autoridade de Imigração e População, cerca de 65.000 refugiados que buscam asilo estão vivendo em Israel. "Eu levei uma bandeira de Israel que encontrei em casa e fui com amigos de Darfur e israelenses assistir ao show aéreo na praia", disse Baher Adham, 31 anos. Adham, que entrou em Israel a partir de Darfur, há cinco anos e meio, acrescentou que "É importante para nós participarmos desta felicidade. Nós não somos realmente israelenses, mas vivemos aqui."
Adham continuou dizendo "temos críticas sobre as atividades governamentais contra nós, as leis que tentam prejudicar os refugiados e o incitamento feito por alguns dos políticos que por vezes leva a que nos olhem com ódio nas ruas ao sul de Tel Aviv, mas no final do dia, nós querem compartilhar a felicidade do país para onde escapamos e onde recebemos proteção.
Adham, que detém a concessão de autorizações de "proteção coletiva" para os requerentes de asilo da Eritreia, Darfur e no Sudão, disse que encontrou hostilidade na praia. "Na praia, também se reuniram israelenses que não gostaram de nos ver celebrar com a bandeira de Israel. Eles gritaram que estamos infiltrados e que este não é o nosso feriado."
Ele acrescentou que na segunda-feira, ele celebrou o Dia da Recordação dos soldados caídos nas guerras de Israel e vítimas do terrorismo e recentemente até visitou o Yad Vashem. Segundo ele, "Estamos familiarizados com a história judaica e israelense, que nos lembra a nossa própria história.
"Nós também fomos vítimas de perseguição e genocídio e, portanto, nós apreciamos o fato de que vocês estabeleceram um país aqui. Embora não sejamos israelense, moro aqui como refugiado, apesar das dificuldades que temos no paós, eu estou muito orgulhoso de acenar a bandeira de Israel. "
