Jerusalém, 21 abr (EFE).- O Governo israelense aprovou neste domingo um acordo de "céus abertos" pactuado no ano passado com a União Europeia (UE), que aumentará a concorrência e que provocou a greve de todas as companhias aéreas israelenses.
"O Gabinete aprovou hoje em sua reunião semanal o acordo de aviação do Mar Europeu-Mediterrâneo (de Céus Abertos) com a União Europeia e seus Estados-membros", informou o Executivo em comunicado, no qual acrescenta que os ministros de Transportes, Yisrael Katz, e Finanças, Yair Lapid, se comprometem a responder as perguntas dos demais ministros em um mês e meio.
"O objetivo da reforma que aprovamos hoje é descer os preços dos voos desde e para Israel, e aumentar o turismo", assinalou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após a aprovação. Segundo o chefe do Governo, esta medida, que foi debatida durante anos, faz parte das políticas para "descer o custo de vida e melhorar a eficiência dos serviços" que desfrutam os cidadãos israelenses.
As três companhias aéreas do país, El Al, Arkia e Israir, iniciaram uma greve contra do acordo, que temem que danifique sua situação econômica e derive em demissões ao dar entrada às companhias aéreas europeias. Qualquer companhia europeia poderá, a partir da entrada em vigor do acordo, fazer voos diretos a Israel, e as companhias aéreas israelenses poderão fazer o mesmo com os destinos europeus.
Uma dezena de voos nesta manhã foram atrasados e outros sete foram cancelados. Dezenas de empregados das companhias aéreas se manifestaram em frente a residência de Netanyahu em Jerusalém.
Após conhecer a aprovação do acordo, o sindicato de trabalhadores de El Al ameaçou pedir à Histradrut (central sindical) que convoque uma greve em todo o setor de portos e aeroportos, e denunciou o "abandono de milhares de trabalhadores" por parte do Governo.