O mal-estar gerado com o ataque de 2010 à frota humanitária que seguia em direção a Gaza parece ultrapassado. Para isso, bastou um telefonema do chefe de governo israelita e o cumprimento das exigências feitas por Ancara.
“Tal como esperávamos Israel aceitou as nossas três condições, ou seja, a apresentação de um pedido de desculpas, uma compensação financeira para as famílias das vítimas e o levantamento do embargo impostos aos palestinianos” afirma o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan
O levantamento do embargo a Gaza é para já parcial, mas o chefe de governo turco promete abordar a questão no próximo encontro com o homólogo israelita.
A ONG turca responsável pela organização da frota de navios que há três anos tentou furar o bloqueio israelita diz que as desculpas apresentadas pelo Estado hebraico não chegam.
“É evidente que não vamos desistir. Queremos que todas as pessoas que seguiam no barco sejam indemnizadas e não apenas as famílias das vítimas porque todas sofreram tal como a nossa ONG. Fomos reprimidos, criticados por cidadãos e autoridades e o nosso navio ficou danificado” refere Hüseyin Oruç, vice-presidente da IHH.
O Mavi Marmara voltou a navegar dois anos depois de ter sido tomado de assalto, mas os custos da reparação foram assumidos pela ONG, proprietária do navio.
Euronews: “A crise desencadeada há três anos com o navio Mavi Marmara parece ter terminado com o pedido de desculpas. Resta saber se os processos levantados contra oficiais israelitas se vão manter e se as relações entre Israel e a Turquia voltarão a ser como eram. A ver vamos nos próximos dias.”