Jerusalém - A líder do Partido Trabalhista israelense, Shelly Yachimovich, anunciou nesta quinta-feira que sua legenda não irá apoiar a coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nas próximas eleições. O movimento retira do governo um importante aliado moderado, obrigando o premier a ter que se aproximar mais dos conservadores.
Em nota, Shelly disse que preferia liderar a oposição do que fazer parte do governo de Netanyahu, que tem favorecido os radicais de direita, segundo ela.
“O Partido Trabalhista está determinado a mudar o regime, e fará todos os esforços para liderar uma coalizão que ofereça uma alternativa diferente do governo de extrema direita (...) e mostre ao povo de Israel que há outra opção”, diz o texto.
De acordo com fontes do jornal “Haaretz”, a saída dos trabalhistas da coalizão de Netanyahu era inevitável, pois “Yacimovich entendia que não havia possibilidade de se unir ao governo conservador do Likud-Beiteinu”. A decisão da líder trabalhista foi elogiada por colegas de partido, segundo o diário.
O partido de Netanyahu, o Likud, perdeu forças em pesquisas sobre as próximas eleições gerais - marcadas para 22 de janeiro - mas ainda é favorito para liderar o próximo governo.
Levantamentos mostram que o Partido Trabalhista será o segundo maior do Parlamento, após as votações. No entanto, as estimativas são de que ele ainda tenha menos da metade da força da coalizão Likud-Beiteinu na Casa.