Avigdor Liberman poderá renunciar ao cargo, mas foi inocentado de acusações mais graves
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, convocou nesta quinta-feira (13/12) uma entrevista coletiva em que poderá anunciar sua demissão em razão de um indiciamento formalizado horas mais cedo contra ele, acusando-o de quebra de confiança e fraude.
O procurador-geral do país, Yehuda Weinstein, indiciou o chanceler por ter recebido material oficial de uma investigação contra ele do ex-embaixador de Israel na Bielorrússia. Zeev Ben Aryeh, o embaixador, conseguiu fazer um acordo com a Justiça no começo do ano.
Por outro lado, a procuradoria retirou, por falta de provas, uma investigação sobre suspeitas de enriquecimento ilícito por meio de uma rede de empresas de fachada. Essas investigações, que preocupavam Lieberman, o acusavam de lavagem de dinheiro e exercício de pressões sobre testemunhas entre os anos de 2001 e 2008.
Nesse período, Lieberman foi sucessivamente deputado no Knesset, ministro da Energia e Recursos Aquíferos (2002-2003); ministro dos Transportes, Infraestruturas e Segurança Rodoviária (2003-2004); e ministro dos Assuntos Estratégicos (2006-2008).
Além de chanceler e vice-primeiro-ministro, Lieberman é o principal aliado e vice-ministro do governo chefiado pelo nacionalista Benjamin Netanyahu. Líder do Ysrael Beiteinu, maior partido da base aliada do Likud, ele também é conhecido por suas posturas radicais e intolerantes em relação ao conflito Israel-Palestina.
Lieberman se defende argumentando que jogou o documento no lixo sem sequer o ler e simplesmente não comunicou sobre o fato. Também disse, em agosto de 2009, que renunciaria imediatamente se fosse considerado culpado, mas somente em relação à acusação mais grave.
Um de seus advogados, Yaron Kostelitz, declarou ao "canal 2" da televisão israelense que segundo sua opinião as acusações não são suficientemente importantes para forçar uma renúncia.
"Se pode discutir do ponto de vista da ética pública se é correto não comunicar sobre toda informação em seu poder", mas "judicialmente é algo menor", argumentou.
A primeira reação política do caso foi da líder do Partido Trabalhista, Shelly Yacimovich, que pediu a renúncia imediata de Lieberman ou que Netanyahu o destitua.
Um comentarista da rádio pública israelense disse que Lieberman deverá renunciar, assim como a edição digital do jornal "The Jerusalem Post". Outros meios, porém, como o jornal "Maariv", afirmaram que "aparentemente" o ministro seguirá em seu posto.
A acusação foi emitida a pouco mais de um mês das eleições legislativas israelenses, nas quais Lieberman se apresentará como número dois da coalizão Likud Beiteinu. Segundo as pesquisas, a formação obteria uma fácil vitória.
![]() |
Avigdor Lieberman |
O ministro de Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, convocou nesta quinta-feira (13/12) uma entrevista coletiva em que poderá anunciar sua demissão em razão de um indiciamento formalizado horas mais cedo contra ele, acusando-o de quebra de confiança e fraude.
O procurador-geral do país, Yehuda Weinstein, indiciou o chanceler por ter recebido material oficial de uma investigação contra ele do ex-embaixador de Israel na Bielorrússia. Zeev Ben Aryeh, o embaixador, conseguiu fazer um acordo com a Justiça no começo do ano.
Por outro lado, a procuradoria retirou, por falta de provas, uma investigação sobre suspeitas de enriquecimento ilícito por meio de uma rede de empresas de fachada. Essas investigações, que preocupavam Lieberman, o acusavam de lavagem de dinheiro e exercício de pressões sobre testemunhas entre os anos de 2001 e 2008.
Nesse período, Lieberman foi sucessivamente deputado no Knesset, ministro da Energia e Recursos Aquíferos (2002-2003); ministro dos Transportes, Infraestruturas e Segurança Rodoviária (2003-2004); e ministro dos Assuntos Estratégicos (2006-2008).
Além de chanceler e vice-primeiro-ministro, Lieberman é o principal aliado e vice-ministro do governo chefiado pelo nacionalista Benjamin Netanyahu. Líder do Ysrael Beiteinu, maior partido da base aliada do Likud, ele também é conhecido por suas posturas radicais e intolerantes em relação ao conflito Israel-Palestina.
Lieberman se defende argumentando que jogou o documento no lixo sem sequer o ler e simplesmente não comunicou sobre o fato. Também disse, em agosto de 2009, que renunciaria imediatamente se fosse considerado culpado, mas somente em relação à acusação mais grave.
Um de seus advogados, Yaron Kostelitz, declarou ao "canal 2" da televisão israelense que segundo sua opinião as acusações não são suficientemente importantes para forçar uma renúncia.
"Se pode discutir do ponto de vista da ética pública se é correto não comunicar sobre toda informação em seu poder", mas "judicialmente é algo menor", argumentou.
A primeira reação política do caso foi da líder do Partido Trabalhista, Shelly Yacimovich, que pediu a renúncia imediata de Lieberman ou que Netanyahu o destitua.
Um comentarista da rádio pública israelense disse que Lieberman deverá renunciar, assim como a edição digital do jornal "The Jerusalem Post". Outros meios, porém, como o jornal "Maariv", afirmaram que "aparentemente" o ministro seguirá em seu posto.
A acusação foi emitida a pouco mais de um mês das eleições legislativas israelenses, nas quais Lieberman se apresentará como número dois da coalizão Likud Beiteinu. Segundo as pesquisas, a formação obteria uma fácil vitória.