O presidente da AP parece pintar o cenário do ano que se iniciará na próxima semana com tintas foscas.
Abbas acaba de ameaçar abandonar a AP e “entregar as chaves para Netanyahu dirigir a AP e a Cisjordânia”, caso não haja um retorno à mesa de negociações.
Mas é o próprio Abbas o maior impecilho para a paz.
Abbas exigiu um congelamento da construção de novas casas, que incluem a proibição do crescimento natural da população em grandes cidades israelenses, o que tinha sido previamente acordado que permaneceriam israelense num acordo diplomático. Neste tema, Abbas faz a política do morde e sopra.
Ele também exigiu que Israel liberte terroristas presos ligados a Autoridade Palestina , deixe a AP armar sua força policial mais fortemente, e quer que Israel concorde, em princípio, com suas principais demandas territoriais.
Ao mesmo tempo, Abbas se recusou a reconhecer Israel como um Estado Judeu ou em terminar o incitamento ao terrorismo, continuando a apoiar o "direito de retorno" de milhões de pessoas descendentes de árabes que fugiram da região na era pré-Estado de Israel.
Além de estar com mandato presidencial expirado em 2009, recusando-se a proceder a novas eleições, Abbas é um líder envelhecido e cansado.
Aos 77 anos, viciado em cigarros e em viagens, Abbas já foi tratado de câncer na próstata em 2010 e, no mesmo ano, foi internado seis vezes em hospitais jordanianos por motivos não declarados.
Saúde física e política precárias, e mentalidade de absoluta negação dos direitos fundamentais de um Estado Judeu com capital em Jerusalém, fazem de Abbas uma figura que, provavelmente, se auto-extinguirá em 2013.
Osias Wurman
Jornalista
www.ruajudaica.com