O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira que, se for necessário, está disposto a intensificar a operação "Pilar Defensivo" que começou hoje na Faixa de Gaza.
Netanyahu acrescentou que nenhum país no mundo poderia aceitar um cenário no qual mísseis são disparados diariamente contra seus cidadãos e que Israel "não aceitará esta situação".
"O Hamas e as outras organizações terroristas decidiram aumentar seus ataques nos últimos dias", manifestou em breve discurso antes de destacar que "Israel enviou uma clara mensagem que está pronto para defender a seus cidadãos".
Israel matou hoje em um ataque de sua aviação Ahmed Jaabari, chefe das Brigadas de Ezedin al-Qassam, braço armado do Hamas, quando viajava em um veículo pelo centro da Cidade de Gaza, bombardeio no qual morreu outro ocupante.
Após o ataque, o Exército israelense informou que tinha iniciado uma nova ofensiva batizada como "Pilar Defensivo" contra as infraestruturas do Hamas e da Jihad Islâmica na Faixa.
Desde então lançou mais de 20 ataques contra diferentes alvos que causaram um total de sete milicianos palestinos mortos e mais de 30 feridos, entre eles vários civis, segundo fontes sanitárias oficiais em Gaza.
Em paralelo, as milícias palestinas dispararam várias séries de foguetes, alguns do tipo Grad, de 122 milímetros que atingiram cidades como Bersheva e Dimona, e que por enquanto não causaram vítimas, informou a imprensa local.
"O Hamas dispara intencionalmente contra civis e se esconde atrás de seus próprios civis. Nós evitamos atacar civis", acrescentou Netanyahu, que acredita ter enviado uma "mensagem inequívoca" que os cidadãos israelenses não serão reféns desses ataques.
Washington reafirma direito de defesa de Israel
Os Estados Unidos manifestaram nesta quarta-feira seu apoio ao direito de defesa de Israel, após os ataques aéreos lançados contra a Faixa de Gaza que mataram nove palestinos.
Um comunicado lido pelo porta-voz do departamento de Estado Mark Toner condenou os disparos de foguetes palestinos contra o sul de Israel e pediu ao governo israelense "que aproveite todo o esforço para evitar baixas civis" nas operações contra militantes de grupos que agem no território palestino.
Barack Obama e Benjamin Netanyahu conversaram por telefone nesta quarta-feira, informou o embaixador hebreu em Washington, Michael Oren. "Estamos em estreita coordenação e comunicação com o governo dos Estados Unidos", disse Oren à rede de televisão CNN, assinalando que os dois líderes conversaram por "quase uma hora", informação confirmada pelo Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos.
Israel autoriza a convocação de reservistas
O gabinete de segurança de Israel autorizou na noite desta quarta-feira a convocação de alguns reservistas. "Foi decidido por unanimidade (...) autorizar, se necessário e com a aprovação do ministro da Defesa, a mobilização de unidades de reservistas", destaca o comunicado. "Convocações foram enviadas para alguns reservistas, mas este chamado não é uma mobilização geral", indicou um porta-voz do Exército à AFP.
O gabinete de segurança também ordenou ao Exército e às forças de segurança que "mantenham sua vigorosa operação contra as instalações terroristas que operam na Faixa de Gaza contra a população civil em Israel, para possibilitar uma vida normal aos habitantes do Estado de Israel", segundo o comunicado.
