"Israel jamais derrotará a Faixa de Gaza", disse nesta quinta-feira em entrevista coletiva o líder político do Hamas, Khaled Meshaal, que vive exilado no Sudão.
"Eu faço um chamado a meus irmãos que estão com seus dedos no gatilho para travarem a batalha com sabedoria e com um coração corajoso. A guerra contra o inimigo continuará mesmo após a partida de Jaabari. Mulheres e homens estão enfileirados para a jihad e o martírio", disse Meshaal.
As declarações do chefe do movimento radical islâmico que governa Gaza desde 2007 chegam pouco após um discurso do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que disse que o país está "preparado para tomar qualquer ação necessária" para se defender.
No mesmo pronunciamento, Netanyahu agradeceu o presidente americano Barack Obama, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e líderes europeus por "reconhecer o direito de Israel de se defender".
Já o presidente do Egito, Mohammed Mursi, condenou os ataques e disse que a escalada de violência pode trazer instabilidade à região.
A troca de farpas ocorre um dia após um ataque aéreo de Israel que matou Ahmed Jaabari, chefe do braço militar do Hamas. Nesta sexta-feira o movimento lançou foguetes contra o sul de Israel, matando três civis.
Mais cedo, três militantes palestinos haviam sido mortos em um ataque aéreo em Gaza.
Militares israelenses disseram que, em retaliação ao ataque de que matou Jaabari, os palestinos lançaram mais de 250 foguetes entre a noite de quarta-feira e a tarde desta quinta-feira.
Dias antes do ataque aéreo israelense, o Hamas lançou mais de cem foguetes contra o sul do país.