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Exuberante deserto


Apesar do tom forte da crítica ao sistema de kibutz, instituição muito importante na constituição do Estado de Israel, "Exuberante Deserto" foi também bastante premiado no país. Recebeu quatro troféus da Academia Israelense -- melhor filme, direção de arte, som e música em 2006.

Em 1974, o adolescente Dvir vive em um kibutz israelense com o irmão mais velho e a mãe, uma mulher psicologicamente instável, que entrou em depressão depois da morte do marido. Para aliviar sua tristeza, os líderes comunitários aceitam a presença no local de seu namorado não-judeu. Quando Dvir torna-se amigo do futuro padrasto, o casal se separa, e o menino passa a sentir ainda mais solitário.

Título original: Adama Meshuga'at (Israel/Alemanha/Japão, 2006)
Direção: Dror Shaul
Elenco: Tomer Steinhof, Ronit Yudkevitz, Shai Avivi, Pini Tavger, Gal Zaid


Miri (Ronit Yudkevitz) e Dvir (Ronit Yudkevitz) interpretam mãe e filho no filme.

Premiado nos festivais de Sundance e Berlim em 2007, o drama israelense "Exuberante Deserto" concentra-se, num tom bastante crítico, na experiência dos kibutz em Israel, nos anos 1970.

Claramente, a história, escrita pelo diretor Dror Shaul, apresenta um forte componente autobiográfico. O filme entra em cartaz nesta sexta-feira apenas em São Paulo.

O protagonista é Dvir (Tomer Steinhof), garoto de 12 anos que se prepara para o "bar mitzvah", o ritual de passagem para a vida adulta dos meninos judeus.

Ele vive um momento delicado em outros sentidos. Seu pai morreu misteriosamente há alguns anos e ninguém na família fala abertamente a respeito. Sua mãe, Miri (Ronit Yudkevitz), há tempos sofre de depressão e o irmão mais velho, Eyal (Pini Tavger), prepara-se para entrar no Exército. Os avós paternos controlam todos os passos de Miri e torna-se claro que a consideram culpada pela morte de seu filho.


Cena de "Exuberante Deserto", passado em um kibutz israelense na década de 70


Cena do filme israelense "Exuberante Deserto", dirigido por Dror Shaul

Sem poder lidar com problemas assim complexos, Dvir torna-se o anjo da guarda da mãe, que decide casar-se novamente, escolhendo um noivo de fora, não-judeu -- o que não é proibido na comunidade, mas aborrece seus ex-sogros.

Stephan (Henri Garcin) é um suíço, bem mais velho do que Miri, e apaixonado o bastante para viver com ela no kibutz. Essa adaptação não é tão simples. Em breve, Stephan envolve-se num conflito com o agressivo vizinho de Miri, Avner (Shai Avivi), e sua permanência se complica.


Cena de "Exuberante Deserto", vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Sundance


Apesar do tom forte da crítica ao sistema de kibutz, instituição muito importante na constituição do Estado de Israel, "Exuberante Deserto" foi também bastante premiado no país. Recebeu quatro troféus da Academia Israelense -- melhor filme, direção de arte, som e música em 2006.

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