O governo de Israel vai implantar uma quinta bateria antimíssil do Domo de Ferro, o seu sistema de defesa de fabricação nacional que tem como alvo proteger o país contra os disparos de foguetes de militantes palestinos.
Desde o início da operação Pilar de Defesa, na quarta-feira (14), as baterias do Domo de Ferro interceptaram e destruíram mais de 180 foguetes de um total de 500 disparados a partir do território palestino em 48 horas, de acordo com informações israelenses.
A primeira bateria foi foi instalada em março de 2011 na região de Beersheva, capital do deserto de Neguev (200 mil habitantes), a 40 km da faixa de Gaza, e é carregada de foguetes Grad, de fabricação russa. Outras três baterias foram instaladas próximas às cidades costeiras de Ashkelon e Ashdod, a sul da capital Tel Aviv e perto da cidade de Netivot, a 20 km de Gaza.
Neste sábado, a quinta bateria deve ser entregue ao Exército israelense, dois meses antes da data prevista, devido ao persistente lançamento de foguetes contra Israel, de acordo com o Ministério da Defesa.
"Seguindo as instruções do Ministério da Defesa, o departamento de pesquisa acelera o desenvolvimento de uma quinta bateria e sua transferência para a Força Aérea de Israel", afirma um comunicado, acrescentando que "ela estará operacional na noite deste sábado".
De acordo com especialistas militares, um total de 13 baterias serão necessárias para garantir a cobertura completa do território israelense.
Cada bateria possui um radar de rastreamento, um software de controle de tiros e três lançadores, cada um equipado com 20 mísseis interceptores. O sistema pode atingir em pleno voo projéteis a uma distância de 4 km a 70 km. Sua taxa de sucesso, segundo Israel, oscila entre 75% e 90%.
O ex-diretor do programa de pesquisa sobre o Domo de Ferro, Arieh Herzog, acredita que a eficácia do sistema está em constante aperfeiçoamento. "Quando o sistema detecta um foguete, ele calcula seu ponto de impacto. Se ele se dirige para regiões povoadas, ele decide interceptar", disse.
Essa proteção tem um custo elevado, já que cada tiro custa estimados US$ 50 mil dólares, segundo relatos da mídia. A implementação do sistema, decidida em 2005, também foi adiada para melhor treinar a equipe, mas também porque era exageradamente cara.
O Domo de Ferro foi desenvolvido pelo grupo de armamento público Rafael Defense Systems, baseado em Haifa (norte de Israel), e financiado, em parte, pelos EUA.