CAIRO - O governo do Egito reagiu nesta quarta-feira contra o assassinato do comandante do Hamas Ahmed Jabari - responsável pelo braço militar do grupo palestino - e contra novas investidas de Israel na Faixa de Gaza. Primeiro, a aliança que governa o país, a Irmandade Muçulmana, emitiu um comunicado afirmando que não iria permitir “que os palestinos fossem submetidos a novos ataques israelenses como no passado”.
Logo depois, as TVs locais começaram a noticiar que o embaixador egípcio em Israel foi chamado para voltar ao Cairo, em uma aparente medida de quebra de relações diplomáticas com o governo israelense. Segundo emissoras egípcias, Atef Salem assumiu o cargo de embaixador no mês passado e já terá que voltar.
Mais cedo, o presidente a Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, fez um apelo para que a Liga Árabe convocasse uma reunião para discutir a escada da violência entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza. Os pedidos do líder palestino foram ouvidos e o órgão anunciou nesta quarta-feira que pretende realizar o encontro, mas não confirmou a data.
- Nós estamos trabalhando para reunir os países árabes permanentes na Liga Árabe e realizar um encontro de emergência, que pode ser marcado para quinta-feira ou para sábado - disse Khaled Ziadeh, o representante do Líbano na Liga.