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Ministro israelense prevê que pressão internacional levará à revolução no Irã


Para o ministro das Relações Exteriores de Israel, pode surgir um movimento semelhante ao do Egito, em 2011, que teve como palco a Praça Tahrir, no Cairo, palco das manifestações


O ministro israelense de Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, acredita que as pressões internacionais sobre o Irã acabarão por ter um efeito "Tahrir" na população iraniana que poderiam acabar com o regime dos aiatolás. "As manifestações da oposição que aconteceram no Irã em junho de 2009 retornarão com mais força. Na minha opinião, haverá uma revolução iraniana ao estilo de Tahrir", afirma o ministro em entrevista publicada neste domingo (30) pelo jornal "Haaretz".
O chefe da diplomacia israelense se referia às manifestações que aconteceram no ano passado na Praça Tahrir, no Cairo, onde milhares de egípcios forçaram a renúncia do presidente Hosni Mubarak após três décadas. Para Lieberman, que está em Nova York por causa do período de sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas, as jovens gerações iranianas "estão cansadas de ser reféns e de sacrificar seu futuro".
Getty Images
O chanceler israelense, Avigdor Lieberman, em foto de outubro de 2010: para ele, pode acontecer revolução no Irã
As declarações do ministro sucedem uma dura retórica verbal nos últimos dias entre o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nas reuniões plenárias da Assembleia. Netanyahu sustenta que as sanções internacionais não atrasaram em quase nada o programa nuclear de Teerã, que considera a principal ameaça existencial de Israel, e que a opção militar torna-se inevitável porque o programa de enriquecimento está em uma fase avançada.
Lieberman, que na reunião se limita a expressar sua opinião sem criticar o primeiro-ministro, fala pelo contrário da recente tensão entre seu país e Washington em relação ao programa nuclear iraniano e afirma que Israel "não tem alternativa a um aliado sério e genuíno como os EUA". "Temos diferenças de opiniões, mas no final o que temos em comum é muito mais do que nos divide", ressalta, pedindo às duas partes para dialogar "afastadas dos meios de comunicação".
Ao contrário do chefe do governo israelense, o presidente Barack Obama se opõe à opção militar na crença de que ainda há tempo suficiente para que as sanções internacionais ao Irã tenham o efeito desejado. Lieberman mantém sob estrito segredo sua opinião sobre se Israel deve ou não atacar o programa nuclear do Irã, embora recentemente seu Ministério tenha publicado um documento no qual se assevera que as sanções provocaram um grande prejuízo econômico ao Irã, postura, que a princípio, contrasta com a de seu primeiro-ministro.

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