Hassan Nasrallah convocou muçulmanos contra filme que satiriza Maomé.'Mostrem ao mundo inteiro nossa ira e nossa voz', disse líder xiita. O chefe do movimento libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, convocou os muçulmanos do Líbano a protestar contra o filme que satiriza o profeta Maomé, com manifestações a partir desta segunda-feira (17) contra os Estados Unidos.
O filme "A Inocência dos Muçulmanos", produzido nos Estados Unidos e que mostra o profeta Maomé como imoral e brutal, provocou violentos protestos diante das representações diplomáticas americanas no Cairo e em Benghazi na terça-feira passada, que depois se espalharam a outros países.
Os protestos ganharam repercussão internacional com incidentes na embaixada americana no Egito, no Cairo. Na terça, um ataque durante um protesto matou o embaixador dos EUA em Benghazi, na Líbia e outros três americanos.
"Mostrem ao mundo inteiro nossa ira e nossa voz, nesta segunda-feira e nos dias seguintes", declarou o líder do poderoso movimento xiita em discurso transmitido pela Al Manar, a TV do Hezbollah.
No sábado, a Al-Qaeda na Península Arábica (AQPA) convocou os muçulmanos a seguir atacando as representações diplomáticas e interesses dos Estados Unidos em todo o mundo para protestar contra o filme.
Mais cedo, o presidente do Congresso Geral Nacional (CGN) líbio, Mohamed al-Megaryef, disse que foram presas cerca de 50 pessoas envolvidas no ataque ao consulado dos EUA em Benghazi, que terminou com a morte embaixador americano. Ele deu entrevista ao canal de TV americano "CBS".
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Manifestantes pisam no emblema da embaixada da Alemanha em Cartum, no Sudão (Foto: Mohamed Nureldin Abdalla/Reuters) |