Irapuan Costa Junior, ex-senador
Num mundo xenófobo, Israel tem uma política de imigração completamente diferenciada e procura levar a seu território os judeus do mundo todo, independentemente de nacionalidade, língua e costumes. Séculos de incompreensão, antissemitismo e "pogroms" estão na raiz dessa política de proteção àqueles da mesma religião, descendentes dos que a diáspora espalhou pelo mundo. Pouco conhecidos, alguns episódios dessa volta às origens são verdadeiramente épicos e custaram não poucos sacrifícios aos governos e ao povo judeu.
Quando da fundação do Estado de Israel, viviam em seu território cerca de 800 mil habitantes. Sessenta anos depois, eram dez vezes mais. Essa política de imigração (ainda em vigor) trouxe cidadãos de 70 nacionalidades diferentes para a convivência judia. Imagine-se o mosaico de culturas criado por essa política migratória. Quantas línguas diferentes são faladas ali, quantas publicações, nessas várias línguas, saem dos prelos, qual a variedade de costumes, vestimentas, manifestações artísticas e outras.
Três movimentos migratórios, entre tantos, foram extraordinários. Um deles contou com duas gigantescas operações de transporte aéreo feitas pelo governo israelense, uma em 1984 ("Operação Moisés") e outra em 1991 ("Operação Salomão"), para resgate de judeus etíopes. Na primeira, foram levados 8 mil e na segunda quase 15 mil etíopes para Israel. Livraram-se os pobres, pode-se mesmo dizer miseráveis, do antissemitismo que grassava na Etiópia, como em todos os países sob influência comunista, herança do ódio assassino que Stálin devotava aos judeus. Era um peso para o governo judeu, dado o estágio de subdesenvolvimento desses cidadãos, o que exigiu um longo período de assistência, até que se integrassem no moderno Israel.
Outro movimento diz respeito aos judeus russos, que só conseguiram emigrar depois de 1990, com a "Perestroika". E emigraram em massa (cerca de 800 mil em dez anos), trazendo, ao contrário dos etíopes, uma bagagem cultural e tecnológica de que Israel necessitava enormemente. Logo no final da II Guerra Mundial, os judeus romenos começaram a emigrar para Israel, mas logo foram contidos e proibidos de sair. Havia uma colônia numerosa na Romênia, acima de 300 mil.
Um fornecimento, na década de 1950, de equipamentos israelenses para exploração de petróleo possibilitou a concessão de 100 mil vistos, logo aproveitados. Mas Ceausescu brecou, no início dos anos 1960, a concessão de vistos. Era chantagem. O ditador, que haveria de ser justiçado pelo seu próprio povo em 1989, fez saber ao governo israelense que "venderia" 40.000 judeus romenos por cerca de US$ 100 milhões, cifra que o governo de Tel-Aviv pagou, incontinenti, para levar seus sofridos futuros concidadãos para a liberdade em Israel.
Publicado no "Jornal Opção, de Goiânia/FIRS
Essa notícia é digna de ser postada em meu mural no Facebook. Kol ha kavod Israel!
ResponderExcluirO maior sinal na vida de um Cristão Fiel, nestes últimos dias, será a sua busca pelo Deus Santo. E, o meio mais viável desta busca é a sincera oração, vinda do mais profundo da alma. Satanás tentará de todas as formas bloquear este processo... Digo, este caminho árduo, chamado, o caminho da perseverança, da fé e do amor ao Evangelho de Jesus Cristo. Vejam a série de videos "A Queda do Dragão - Partes de 01 a 18", ou acesse o site: uesa.net.br e baixe gratuitamente o livro: "O Retorno de Elias."
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