GAZA - O chefe de governo do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, pediu nesta quinta-feira, 9, ao Egito que reabra uma vital passagem fronteiriça que está interditada desde domingo, quando pistoleiros mataram 16 agentes de fronteira na região egípcia do Sinai. Haniyeh prometeu auxiliar as investigações do Egito sobre o incidente, que levou à maior mobilização militar egípcia no Sinai em quase 40 anos.
Ahmed Gomaa/AP
Passagem entre Egito e Gaza fechada
"Ao mesmo tempo, peço ao meu irmão, o presidente egípcio, Mohamed Morsi, que abra a fronteira de Rafah, que retome uma linha vital para Gaza", disse Haniyeh num jantar que encerrava o jejum diário do Ramadã. "Gaza não pode ser nada além do que uma fonte de estabilidade para o Egito", declarou Haniyeh, acrescentando que os responsáveis pelo ataque no Sinai estavam conspirando para que Israel endureça o bloqueio imposto a Gaza desde que o Hamas assumiu o poder na região, em 2007.
Ninguém assumiu a autoria do atentado de domingo, em que os militantes furtaram dois veículos blindados e tentaram entrar com eles em Israel, que também faz fronteira com o Sinai.
Haniyeh disse que o Egito está impondo uma "punição coletiva" ao fechar a fronteira de Rafah, por ponde geralmente passam cerca de 800 pessoas por dia - no único acesso ao restante do mundo para a maioria dos moradores de Gaza.