Um grupo armado atacou neste domingo um gasoduto na região de Aluad al Ajdar, a leste da cidade de Ao Arish, na Península do Sinai, no Egito. O ataque é o 15º desde a queda do ditador Hosni Mubarak, em março de 2011, e o primeiro após a suspensão da exportação de gás ao Estado judeu, em abril.
Segundo a agência oficial de notícias Mena, foi registrada uma explosão seguida de um incêndio, que provocou uma grande coluna de fumaça, por isso que os bombeiros foram ao lugar para extinguir o fogo. Policiais e responsáveis pela empresa também foram ao local.
A companhia confirmou que também houve um vazamento de gás, o que contribuiu para o incêndio.
Esta é a primeira explosão de um gasoduto que acontece no Sinai egípcio depois que a companhia nacional egípcia de gás natural EGAS e a Corporação Geral Egípcia de Petróleo anunciaram em 22 de abril a rescisão do contrato com a empresa israelense EMG por "não cumprir com o reembolso do gás comprado".
A revogação do contrato aconteceu também pela pressão causada por partidos islâmicos e grupos de beduínos. Desde a saída de Mubarak, a península do Sinai é alvo de ataques ao gasoduto e sequestros de turistas e funcionários estrangeiros.
Em novembro, a junta militar que governa o país anunciou que aumentaria a segurança da região, colocando alarme e patrulhas contra ataques de tribos de beduínos.
A linha de transmissão foi feita após um acordo assinado há 20 anos com Israel. Partidos islâmicos, especialmente a Irmandade Muçulmana, do novo presidente Mohammed Mursi, afirmam que pretendem rever o tratado quando chegassem à Presidência do país, o que não foi feito até o momento.