O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, e o líder da oposição, Shaul Mofaz, chegaram a um acordo na manhã desta terça-feira (noite de segunda em Brasília) para formar um governo de união nacional e cancelar as eleições parlamentares no país, programadas para 4 de setembro.
De acordo com o jornal "Haaretz", o Kadima, partido de oposição ao governista Likud, de Netanyahu, entrará no governo e apoiará políticas em troca de um compromisso do governo para aprovar uma lei que autoriza a estudantes ultraortodoxos do judaísmo a não fazer serviço militar.
Segundo fontes, Shaul Mofaz será ministro no novo governo de coalizão. A manobra dos dois partidos causou supresa no cenário político israelense.
Na noite desta segunda, foi aprovada por 119 votos a um a dissolução do Parlamento e a realização de novas eleições, que foram anunciadas pelo premiê no domingo (6), após reunião do Likud.
As eleições em questão seriam realizadas um ano antes do fim previsto da legislatura e nas quais Netanyahu parte como claro favorito à reeleição.
"É preferível ter uma campanha eleitoral curta de quatro meses que uma de um ano e meio", disse Netanyahu perante os delegados de seu partido e justificou a antecipação usando o argumento que a estabilidade da coalizão de governo "começou a desmoronar".
O primeiro-ministro destacou que um "forte e poderoso" Likud "trará estabilidade ao país" e afirmou que todos os cidadãos "podem estar orgulhosos do que foi conquistado em Israel" nos três anos transcorridos desde as últimas eleições.