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Israel: 1,6 mil presos palestinos continuam em greve de fome

A porta-voz do serviço penitenciário israelense, Sivan Weizman, confirmou neste sábado que 1,6 mil detentos palestinos, de um total de mais de 4,6 mil, estão em greve de fome. Dez deles estão hospitalizados e a Anistia Internacional adverte para o risco de morte de dois deles que estão há 67 dias sem comer. Já o Hamas ameaça com "o esperado e o inesperado" se algum deles morrer. 

A associação de defesa de prisioneiros palestinos Adamir eleva esse número para mais de 2 mil e a organização não-governamental palestina de direitos humanos Al-Haq para 2,6 mil o número de presos em greve de fome. Entre os que estão hospitalizados está o líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina, Ahmed Saadat, que tem cerca de 60 anos. A Anistia Internacional (AI) fez uma chamada urgente porque Bilal Diab e Zaer Halahle, estão sendo submetidos a um tratamento "cruel, desumano e degradante" e suas vidas "correm perigo". 

Na quinta-feira passada, a Corte Suprema de Israel realizou uma audiência para revisar o caso, mas não tomou decisão alguma e Diab desmaiou em pleno tribunal. Nesse mesmo dia um líder do movimento islamita Hamas, Khalil Haja, advertiu em um comício em Gaza que a greve de fome "não é um jogo" e pode provocar mortes. "Se isto acontecer, podem esperar de nós tanto o esperado como o inesperado", ameaçou. 

A Jihad Islâmica também antecipou que romperá sua trégua de fato com Israel se algum dos prisioneiros em greve de fome morrer. Salvo os citados casos isolados, a greve de fome em massa começou no último dia 17 de abril. 

Os reclusos pedem o fim do isolamento penitenciário e da detenção administrativa, uma figura legal que permite aos tribunais militares israelenses nos territórios ocupados encarcerar uma pessoa sem apresentar acusações e com base em provas secretas que nem o preso nem seu advogado conhecem. 

Também demandam o direito a visitas familiares para os prisioneiros de Gaza e a possibilidade de realizar cursos superiores na prisão, que lhes foi revogada para forçar uma troca pelo soldado israelense Gilad Shalit e não foi restabelecida após sua libertação há seis meses, destacou a Adamir.

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