B'H
A busca pela verdade
Como a verdadeira religião tem que estar calcada em fatos e não na fé, por definição tem também que ser a busca da verdade. A fé cega não é religião; é credulidade, e pode levar à idolatria. Ao mesmo tempo, quando se busca a verdade, não se deve pedir da religião mais do que se exige dos campos seculares de estudo – ou seja, deve-se buscar evidências sólidas, não provas absolutas.
O próprio conceito de prova absoluta é meramente teórico. Na prática, não existe, nunca existiu e nunca existirá. Não podemos ter certeza absoluta de nada.
Qualquer cientista honesto admitirá que o conhecimento humano é extraordinariamente limitado: sabemos muito pouco sobre muito pouco. À medida que aumenta o conhecimento humano, percebemos que estávamos enganados, por muito tempo, sobre muitas coisas. E ainda mais, percebemos que há exceções para cada uma das leis científicas.
Mas ainda que todo o nosso conhecimento fosse preciso e imutável, ainda assim não teríamos certeza sobre nada, pois não podemos ter certeza nem de que o mundo seja real – e não meramente uma ilusão. Talvez nem estejamos vivendo os eventos de nossas vidas; talvez tudo seja meramente um sonho. Talvez a história coletiva do mundo seja produto do sonho de um homem. Talvez não existamos – talvez sejamos meros produtos da imaginação do Criador... Portanto, não podemos passar batido: nada é líquido e certo. Algumas pessoas questionam se D’us existe, outras se o mundo e eles próprios existem...
Mas, supondo-se que o mundo não seja uma grande ilusão, como podemos ter certeza de que nossa visão das coisas está correta? Como saber que a História que nos ensinaram nas escolas e faculdades não é um monte de invenções? Nenhum de nós estava vivo e presente para testemunhar os eventos descritos nos livros de História. Contudo, acreditamos em tantas coisas cuja veracidade não podemos comprovar. Portanto, a fé não se limita ao domínio da religião; ela é empregada cada vez que um ser humano aceita algo como verdade ainda que não possa pessoalmente corroborar sua veracidade. Quer saibamos ou não, sempre usamos a fé – no colégio, quando lemos um jornal ou quando assistimos as notícias pela televisão.
A fé, no entanto, tem que se basear, em alguma medida, em fatos. Ter fé não significa aceitar que tudo que nos dizem e ensinam é verdade. Muitos acreditam que ser religioso significa ser dogmático. Isso obviamente não se aplica ao judaísmo. A Torá estimula o homem a estudar ao máximo, a fazer perguntas difíceis e a buscar respostas para as mesmas.
O Talmud, que elucida os Cinco Livros da Torá, e que é o pilar da Lei e Sabedoria Judaica, é um livro de perguntas e respostas – uma busca pela verdade, contínua e intelectualmente rigorosa. Mas o judaísmo também espera que sejamos razoáveis – que aceitemos como verdade aquilo que é altamente provável, e que compensemos a falta de prova absoluta mediante o emprego de uma medida de fé. O judaísmo não define a fé como a crença no ilógico ou no impossível. A fé é propriamente exercida quando se acredita em coisas sobre as quais podemos estar razoavelmente certos.
Leia também: A chegada do Messias
A busca pela verdade
Como a verdadeira religião tem que estar calcada em fatos e não na fé, por definição tem também que ser a busca da verdade. A fé cega não é religião; é credulidade, e pode levar à idolatria. Ao mesmo tempo, quando se busca a verdade, não se deve pedir da religião mais do que se exige dos campos seculares de estudo – ou seja, deve-se buscar evidências sólidas, não provas absolutas.
O próprio conceito de prova absoluta é meramente teórico. Na prática, não existe, nunca existiu e nunca existirá. Não podemos ter certeza absoluta de nada.
Qualquer cientista honesto admitirá que o conhecimento humano é extraordinariamente limitado: sabemos muito pouco sobre muito pouco. À medida que aumenta o conhecimento humano, percebemos que estávamos enganados, por muito tempo, sobre muitas coisas. E ainda mais, percebemos que há exceções para cada uma das leis científicas.
Mas ainda que todo o nosso conhecimento fosse preciso e imutável, ainda assim não teríamos certeza sobre nada, pois não podemos ter certeza nem de que o mundo seja real – e não meramente uma ilusão. Talvez nem estejamos vivendo os eventos de nossas vidas; talvez tudo seja meramente um sonho. Talvez a história coletiva do mundo seja produto do sonho de um homem. Talvez não existamos – talvez sejamos meros produtos da imaginação do Criador... Portanto, não podemos passar batido: nada é líquido e certo. Algumas pessoas questionam se D’us existe, outras se o mundo e eles próprios existem...
Mas, supondo-se que o mundo não seja uma grande ilusão, como podemos ter certeza de que nossa visão das coisas está correta? Como saber que a História que nos ensinaram nas escolas e faculdades não é um monte de invenções? Nenhum de nós estava vivo e presente para testemunhar os eventos descritos nos livros de História. Contudo, acreditamos em tantas coisas cuja veracidade não podemos comprovar. Portanto, a fé não se limita ao domínio da religião; ela é empregada cada vez que um ser humano aceita algo como verdade ainda que não possa pessoalmente corroborar sua veracidade. Quer saibamos ou não, sempre usamos a fé – no colégio, quando lemos um jornal ou quando assistimos as notícias pela televisão.
A fé, no entanto, tem que se basear, em alguma medida, em fatos. Ter fé não significa aceitar que tudo que nos dizem e ensinam é verdade. Muitos acreditam que ser religioso significa ser dogmático. Isso obviamente não se aplica ao judaísmo. A Torá estimula o homem a estudar ao máximo, a fazer perguntas difíceis e a buscar respostas para as mesmas.
O Talmud, que elucida os Cinco Livros da Torá, e que é o pilar da Lei e Sabedoria Judaica, é um livro de perguntas e respostas – uma busca pela verdade, contínua e intelectualmente rigorosa. Mas o judaísmo também espera que sejamos razoáveis – que aceitemos como verdade aquilo que é altamente provável, e que compensemos a falta de prova absoluta mediante o emprego de uma medida de fé. O judaísmo não define a fé como a crença no ilógico ou no impossível. A fé é propriamente exercida quando se acredita em coisas sobre as quais podemos estar razoavelmente certos.
Leia também: A chegada do Messias