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Escravidão e Liberdade – Uma História de Pessach

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Herman Glanz

A Páscoa Judaica, o Pessach, saltar por cima, trata da saída da escravidão em terra estranha, e o caminhar em liberdade para a Terra Prometida, o retorno para a própria terra. No caminho vieram os Dez Mandamentos, uma base para a civilização Ocidental. E no livro da Hagadá, a narrativa, o esclarecimento, a história da libertação e da liberdade é contada e lembrada, devendo passar de geração a geração, para que não seja esquecida. Para que sempre se saiba que já se foi escravo e se foi liberto pelo Senhor D’us. E que não mais se escravize alguém.

A narrativa começa esclarecendo o sentido da ceia da Páscoa – o Seder de Pessach, como na ocasião da saída do Egito:

Este é o pão da aflição que nossos antepassados comeram na terra do Egito. Todos os que têm fome que entrem e comam conosco; todos os necessitados que compartilhem o nosso Pessach. Este ano aqui, no ano vindouro numa Terra de Israel livre; este ano oprimidos, no próximo ano, livres. 

A libertação do jugo do tirano que escraviza e obriga ao trabalho braçal é uma conquista indubitavelmente concreta. Mas existirá liberdade de fato? O que significa ser livre? O que é a liberdade? Existem outras formas de escravização? O trabalho do dia a dia escraviza, tal qual é hoje concebido? 

A pressão ditatorial dos governantes escraviza? E essa democracia representada num voto individual fazendo dirigentes buscarem seduzir cada um, com promessas e benesses, para conquistarem o apoio de cada pessoa e assim se perpetuarem, não será uma forma de escravidão por criar uma dependência, um fanatismo que escraviza? As ameaças, a eterna perseguição, a eterna discriminação, o terrorismo, o ódio duradouro não acabam escravizando por criar um medo permanente? Viver ameaçado não é ser escravo do medo, da violência? Viver atrás de grades nos prédios não é escravidão? E a dependência química não é escravidão? 

Quem escreveu a Hagadá fez uma previsão: Bendito Seja Aquele que Prometeu defender nossos antepassados, e Irá nos defender sempre, pois não somente um inimigo procurou nos aniquilar, mas em cada geração os inimigos buscam nos destruir, mas Ele nos salva do poder deles. Vehi sheamda lavoteinu... (assim começa). E de geração em geração temos sido alvos de perseguições, pogroms, discriminação, libelos, desgraças, do Holocausto, do Pessach do Gueto de Varsóvia e do terrorismo atual. E do ódio das nações, do socialismo-nacionalista, e também do internacionalista, que se permeiam por todo o espectro político, com novas ameaças, hoje também ao Estado de Israel, ao sionismo que levou a reconstruir esse Estado, e porque lá vivem muitos judeus.

Assim está escrito, que sempre haverá inimigos que buscarão nos destruir. Vivemos escravizados com esse temor permanente, sempre alertas, muitas vezes descuidados, muitas das vezes achando que devemos condescender com o inimigo, talvez porque estamos imbuídos da ideia de que inimigos também têm direitos, esquecendo que o crime não dá direitos, do contrário revoga-se o Direito Penal. Segundo o site MEMRI traduziu, o Ministro do Interior e também do Ministério da Segurança do Hamas, governo em Gaza, declarou na Televisão que a guerra contra Israel é parte da Jihad, pelo restabelecimento da ocupação muçulmana e mais, que os palestinos são todos árabes oriundos do Egito e da Arábia Saudita. Mas muitos dos nossos os consideram nativos de uma Palestina, que fora ocupada pela guerra de conquista islâmica de Saladino e de antes, apesar de os atuais terem chegado recentemente em busca do trabalho sionista. Por isso nos sentamos à mesa e lembramos e recitamos o perigo de ontem, do qual nos salvamos e devemos falar do perigo de hoje, com a aflição que foi o pão ázimo, a matzá, um cream cracker grande, sem sal nem fermento, que hoje muitos até adoram, melhor do que um cream cracker comum.

Os inimigos não descansam, sempre com novos e velhos chavões, cujo objetivo é perseguir, odiar e acabar com os judeus. No momento, um escritor alemão, que foi nazista, e ainda detém essa cultura subconsciente, ou consciente, acusa Israel de representar um perigo para o mundo. E acusa Israel de ocupante, eufemismo para fazer Israel ser eliminado, pois ocupação será sempre vista como intromissão em território islâmico, pois querem tomar todo o território de Israel, e não só a Margem Ocidental. 

E Gaza se acha toda fora de Israel, mas se fala em desocupação da mesma. Não se acusa o Irã de representar perigo para o mundo, pois o Irã não faz segredo pretender eliminar os judeus e Israel com armas nucleares, e esse escritor quer, nazistamente, que Israel não se defenda. Conforme falou o Primeiro-Ministro de Israel: “É o Irã e não Israel que ameaça destruir outro país. É o Irã e não Israel que apoia grupos terroristas responsáveis por lançar foguetes contra cidadãos civis inocentes. 

É o Irã e não Israel que apoia o massacre do regime sírio contra seus próprios cidadãos, que lutam pela liberdade. É o Irã que apedreja mulheres, enforca homossexuais e pune com crueldade milhares de seus próprios cidadãos”. Em cada geração os inimigos procuram nos destruir. Mas festejemos a liberdade e a tolerância. E a nossa civilização, nas tradicionais ceias – os sedarim de Pessach, seder imortalizado na Santa Ceia de Leonardo da Vinci, seder que se repete de geração a geração.
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