O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, louvou neste domingo o assassinato seletivo em Gaza que deu origem à atual espiral de violência que causou a morte de 18 palestinos nos últimos três dias, e declarou que seu país seguirá "vencendo as ameaças terroristas" a seu redor.
"Estamos tomando as medidas de defesa necessárias, mas também medidas de ataque, e não tenho nenhuma dúvida que com esta combinação vamos seguir vencendo as ameaças terroristas que nos cercam", disse ao início da reunião semanal do conselho de ministros.
Netanyahu cumprimentou as forças de segurança por terem "eliminado" um "arquiterrorista que planejava um ataque", em alusão ao secretário-geral dos Comitês Populares de Resistência, Zuhair al Qaisi, morto na Cidade de Gaza na última sexta-feira após um míssil ser disparado contra seu carro, um ataque que também tirou a vida de seu genro Mahmoud Hanani.
"Isto gerou a escalada de violência que estamos experimentando atualmente. As Forças de Defesa de Israel estão batendo com força. Cobramos um alto preço e continuaremos fazendo isso. Atuaremos o tempo que for necessário", acrescentou.
O titular das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, defendeu por sua vez invadir Gaza para derrubar o governo do Hamas. "As normas deste governo (de coalizão) incluem a decisão de derrubar o Hamas e não faz sentido começar uma operação sem estabelecer um objetivo claro de tirar o Hamas e eliminar o terrorismo e os líderes terroristas em Gaza", disse.
Lieberman, líder do partido ultradireitista Yisrael Beiteinu, advertiu que seu país não "tolerará" os ataques "ocasionais" de foguetes contra seu território, embora tenha avaliado que o problema reside na construção de uma "força crescente" na faixa.
"Não são apenas células terroristas, mas companhias e batalhões. Há também contrabando de armas. Não podemos ficar quietos enquanto eles acumulam poder", sentenciou.
A reunião do gabinete de ministros em Israel acontecia ao mesmo tempo em que um civil de 52 anos perdia a vida em um novo bombardeio aéreo israelense em Gaza, o que elevava a 18 o número de palestinos mortos desde sexta-feira, dois deles civis.
Trata-se da terceira morte do dia na faixa, depois que um menino de 13 anos e um miliciano perderam a vida nesta madrugada em dois bombardeios aéreos.
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