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Mossad: O que é verdade e o que é mentira?


O Mossad foi criado em 1951 para assegurar o futuro do Estado de Israel, estabelecido em uma região instável e conflituosa. Seu nome verdadeiro é Ha-Mossad le-Modiin ule-Tafkidim Meyuhadim, ou Instituto de Inteligência e Tarefas Especiais. Foi formado pelo então Primeiro-Ministro David Ben Gurion, que deu a primeira diretriz para o Instituto: "Para o nosso Estado que desde a sua criação tem estado sob ataque de seus inimigos, a inteligência constitui a primeira linha de defesa. Temos que saber o que está acontecendo ao nosso redor." 

É responsável por coletar inteligência humana, agir sob disfarces e contra-terrorismo. Seu foco são países árabes, organizações e agências espalhadas pelo mundo. É também responsável pela imigração clandestina de judeus vindos da Síria, Irã e Etiópia. Agentes estão infiltrados e ativos em todos os países filiados à ONU, no Oriente e países comunistas. 

O quartel-general do Mossad fica em Tel-Aviv, e seu efetivo no fim dos anos 80 era de entre 1500 e 2000 pessoas. Estima-se que atualmente 1200 agentes trabalham para o Instituto. 

O Mossad tem um total de oito departamentos, sendo que não se sabe qual a função de três deles. Dos que se sabe: 
-Departamento de Coleções: é o maior deles, responsável por operações de espionagem, com escritórios em países fora de Israel sob guarda diplomática ou secreta. O departamento consiste em várias mesas que são responsáveis por cada região geográfica, direcionando oficiais para as "estações" ao redor do mundo. 

-Departamento de Ações Políticas: conduz atividades políticas e ligações com agências de inteligência internacionais e com países com os quais Israel não tem relações diplomáticas normais. Nas grandes "estações", como a de Paris, o Mossad tem sempre dois controladores regionais; um do Departamento de Coleções e outro do Departamento de Ações Políticas. 
-Divisão de Operações Especiais: seu nome popular é Metsada, e conduz assassinatos altamente sensíveis, sabotagem, ações paramilitares e projetos de guerra psicológica. 
-Departamento LAP (Lohamah Psichlogit): é responsável pela guerra psicológica, propaganda e difamações.

-Departamento de Pesquisa: é responsável pela produção de inteligência, incluindo relatórios da situação diária, sumários semanais e relatórios mensais. Este departamento é dividido em 15 seções geográficas: Estados Unidos, Canadá e Europa Ocidental; América Latina, países da ex-União Soviética, China, África, Maghreb (Marrocos, Algéria e Tunísia), Líbia, Iraque, Jordânia, Síria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irã. Uma seção especial cuida apenas de assuntos nucleares. 
Breve Histórico

O espião mais celebrado de Israel, Eli Cohen, fui recrutado pelo Mossad nos anos 60 para se infiltrar nos altos escalões do governo sírio. Cohen passou informações por rádio para Israel por dois anos antes de ser descoberto e enforcado na Praça de Damasco. Outro agente do Mossad, Wolfgang Lotz se estabeleceu no Cairo, se relacionou com militares e policiais de alto nível de patente e obteve informações sobre localizações de mísseis e cientistas alemães trabalhando no programa de foguetes egípcio. Em 1962 e 1963, numa tentativa bem-sucedida de intimidar os alemães, vários deles foram assassinados por kidons, o esquadrão de assassinos do Mossad. O Instituto também conseguiu roubar oito barcos de guerra que estavam sendo construídos na França para Israel mas que foram embargados pelo anti-semita Charles de Gaulle em dezembro de 1968. 

Uma das ações mais bem-sucedidas do Mossad aconteceu alguns dias antes do início da Guerra dos Seis Dias (1967). Sabendo de um ataque iminente contra Israel por parte de seus vizinhos, agentes começaram a vigiar alguns operadores do aeroporto militar egípcio, informando ao exército israelense suas rotinas, vidas pessoais e até o tempo que levavam para ir da cafeteria até as salas de comando. Operativos israelenses, então começaram a espalhar segredos pessoais para as famílias dos comandantes egípcios, tais como homossexualismo (considerado crime no Egito até hoje), criando um clima de desmoralização. Na manhã do dia 5 de junho de 1967, tendo as informações do Mossad em mãos, A Força Aérea de Israel, vindo a favor do nascer do Sol, pôde destruir completamente a Força Aérea Egípcia ainda no chão, enquanto alguns operadores iam da cafeteria até a sala de comando. O resultado todos nós conhecemos. 

Em 1960, O Mossad realizou uma de suas mais famosas operações, a de capturar na Argentina Adolf Eichmann, o braço direito de Hitler. Adolf foi levado para Israel onde foi julgado, e pela única vez na história do país, condenado a morte. Outra captura, em 1968 trouxe para Israel Mordechai Vanunu, um técnico nuclear que revelou segredos do programa atômico israelense para um jornal inglês. 

No começo dos anos 70, uma proposta nunca antes pensada chegou a Meir Amit, chefe do Mossad no período: Um homem estava oferecendo um avião Mig-21 russo para os israelenses. O Mig era o avião escolhido por todos os países árabes por suas vantagens técnicas e o alinhamento com a União Soviética. Colocar as mãos em uma arma avançada do inimigo é uma prioridade de qualquer serviço secreto. 

O homem estava pedindo U$1 milhão. Era preciso apenas encontrar um outro homem em Baghdad chamado Joseph para realizar a transação. Joseph era um iraquiano judeu que tinha algumas conexões no exército de seu país. Além do U$1 milhão que seriam utilizados em parte para subornar oficiais para deixá-lo entrar em áreas militares, ele também queria que 43 pessoas fossem levadas a Israel. Com tudo acertado, um agente de codinome Bacon (sim, irônico) infiltrou-se no aeroporto militar central à 1:30 da madrugada, entrou no Mig, e decolou em direção a Israel, escoltado por caças americanos. Esta operação permitiu à Força Aérea Israelense uma oportunidade de conhecer melhor seus inimigos. 

Desde a criação de Israel, sempre houve um estado de guerra contra o Iraque. Os israelenses sabiam que poderiam vencer uma guerra convencional contra os iraquianos, mas em 1977, o Mossad descobriu que os franceses haviam fornecido a Baghdad reatores nucleares e "assistência técnica". A Força Aérea Israelense, então, começou a traçar planos para destruir a construção antes da fase de enriquecimento de urânio. 

No entanto, um simples bombardeio poderia matar um grande número de engenheiros franceses que trabalhavam no local. Depois de muitos estudos e investigações, no dia 15 de Março de 1981, oito aviões F-16 escoltados por seis F-15 saíram de Israel, voaram a 20 metros do solo na Jordânia (radares) e chegaram ao alvo às 17:34 horário local, quando os franceses já tinham ido embora. O reator foi reduzido a poeira, assim como o sonho de Saddam Hussein de tornar seu país uma potência nuclear. 

Nas olimpíadas de Munique, a delegação israelense foi morta por um grupo terrorista (árabe, é lógico) chamado Setembro Negro. O Mossad matou um por um, e antes de cada um ser assassinado, suas respectivas famílias receberam flores e condolências, acompanhado por um anúncio de óbito nos jornais. Em 1988, o Mossad assassinou um dos líderes de OLP que organizava atentados terroristas de sua casa luxuosa na Tunísia. Vestido com as mais caras roupas, recrutava jovens analfabetos dispostos a morrer por uma causa que desconheciam. 

Agentes mataram seu motorista, explodiram a porta da frente, mataram 3 guarda-costas e depois assassinaram Abu Jihad com três tiros no peito. Sua esposa foi poupada. A operação durou 23 segundos. Gerald Bull, um canadense residente na Bélgica também foi assassinado pelo Mossad depois de ter oferecido ajuda a Saddam Hussein para construir um canhão com base em Baghdad que atingiria Tel-Aviv. O cientista tinha recusado ofertas de Israel. 

Em agosto de 2000, os diretores do Mossad resolveram recrutar mais agentes, porém desta vez de uma maneira não convencional. Colocaram anúncios nos principais meios de comunicação (Clique para ver o pôster). As máquinas de fax do escritório de Tel Aviv trabalhavam 24 horas por dia recebendo os currículos de pessoas que tinham como sonho trabalhar para o Instituto. Os resultados, porém, não foram bons: nenhum dos candidatos foi aprovado neste teste de seleção. 

Em julho de 1994 houve um atentado terrorista na sede de Amia, em Buenos Aires, que matou mais de 80 crianças judias. Depois, soube-se que o ataque foi realizado pela Al-Qaida, com financiamento iraniano. O Mossad logo foi investigar. Descobriu que o presidente na época, Carlos Menem ficou sabendo do ataque antes de ocorrer e recebeu U$10 milhões do governo do Irã para permanecer em silêncio. Menem nunca condenou o ataque em público. Agentes do Mossad sabiam que não podiam fazer nada diretamente contra Menem, então resolveram atacar de outra forma. Seu filho, que viajava muito de helicóptero teve sua aeronave derrubada por agentes, que fizeram parecer como um acidente. 
Hoje sabe-se que o Mossad está infiltrado em todas as regiões do mundo e toma parte em todos os grandes eventos, tais como a morte de Diana, o assédio sexual de Bill Clinton, o atentado para matar o Papa e muitos outros. 

Diretores-Gerais do Mossad
1951-1952 Reuven Shiloah 
1952-1963 Isser Harel 
1963-1968 Meir Amit 
1968-1974 Zvi Zamir 
1974-1982 Yitzhak Hofi 
1982-1990 Nahum Admoni 
1990-1996 Shabtai Shavit 
1996-1998 Danny Yatom 
1998-2002 Efraim Halevy 
2002- Meir Dagan

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