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Judeus em Uganda

A reconstrução da vida judaica após o regime de Idi Amin Dada não foi um processo fácil. 

Para reerguer uma sinagoga onde Kakungulu construíra o primeiro centro judaico, próximo a Mbale, um grupo de mulheres e homens jovens lutou contra muçulmanos e cristãos que também ambicionavam o local. 

Inspirados no modelo kibutziano, criaram uma sede chamada Clube Judaico de Jovens. 

Levantavam-se cedo para ouvir o Shemá Israel transmitido pela rádio israelense Kol Israel e, às vésperas do Shabat, ouviam os debates rabínicos sobre a leitura semanal da Torá. Assim, reunidos ao redor do rádio, tinham a impressão de não estar sozinhos e, apesar de seu isolamento, estar ligados a outros judeus. Este grupo de jovens foi responsável pelo ressurgimento dos Abayudaya durante as décadas de 1980 e 1990. 

A partir de então, iniciaram contatos para se aproximar de comunidades do exterior. Construíram também uma escola judaica, a "Semei Kakungulu High School". Em 1992, um dos líderes comunitários, J. J. Keki (Joab), eleito presidente do Conselho Executivo dos Abayudaya, foi a Nairobi (Quênia) para conhecer a comunidade judaica local e teve a oportunidade de encontrar dois judeus norte-americanos que se interessaram em visitar os judaizantes de Uganda. 

Ao retornarem aos Estados Unidos, entraram em contato com a Kulanu, uma pequena organização cujo objetivo é dar assistência às comunidades judaicas em regiões remotas. Desde então, a entidade vem levantando doações para o envio de materiais pedagógicos e objetos religiosos para ajudar a manutenção do judaísmo dos Abayudaya. 

Em 1995, uma comunidade do Maine (EUA) lhes fez a doação de uma Torá. Em 2001, membros da comunidade deixaram o continente africano pela primeira vez e visitaram os EUA. J.J.Keki esteve no país durante dois meses, participando de serviços religiosos em várias sinagogas e contando a sua história. 

Seu irmão, Gershom, estudou durante seis meses em um seminário rabínico. De volta ao seu país, ambos vêm contribuindo para a continuidade da vida dos judaizantes em Uganda, contando agora com o apoio de várias entidades judaicas norte-americanas, israelenses e internacionais. 

 Bibliografia: Sobol, Richard, Abayudaya, The Jews of Uganda, Abbeville Press Publishers

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