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| Colonos na Cisjordânia - Coisas Judaicas |
Jerusalém (AE) - O governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez ontem duas propostas aos colonos da Cisjordânia: incentivos fiscais para encorajar as pessoas a se mudarem para assentamentos e uma medida que abre as portas para a legalização de postos avançados ilegais. As propostas de Netanyahu foram feitas após um impasse nas negociações com os palestinos, que ocorreram até a semana passada na Jordânia.
Funcionários da Autoridade Palestina viram a proposta de Netanyahu como mais um obstáculo colocado por Israel para que as negociações de paz sejam retomadas. Os palestinos alertaram Israel que a alternativa a uma solução de dois Estados será um simples Estado de Israel, no qual os árabes serão mais numerosos que a população judaica.
A medida parece ter como objetivo satisfazer elementos linha-dura do partido Likud, que são simpáticos aos colonos num momento de disputa de liderança interna na legenda. Embora Netanyahu tenha boas chances de vencer a disputa, declarações relativamente fortes de seu rival ultranacionalista, Moshe Feiglin, podem fazer alguns eleitores do Likud considerarem o atual primeiro-ministro muito brando nas negociações de paz com os palestinos. O resultado da eleição interna no Likud será divulgado após meia noite de ontem, pelo horário de Israel.
As medidas ameaçam prejudicar os novos esforços de paz com os palestinos. Uma rodada de negociações entre representantes de baixo escalão dos dois lados, na Jordânia, chegou a um impasse na semana passada em razão das objeções palestinas às construções israelenses em assentamentos.
As negociações foram patrocinadas pelo Quarteto para o Oriente Médio, grupo composto por Estados Unidos, União Europeia, Organização das Nações Unidas (ONU) e Rússia. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, visitou a Jordânia nesta terça-feira no caminho para Israel, onde vai se reunir com autoridades palestinas e israelenses para retomar as conversações de paz. Os palestinos rejeitaram as últimas medidas do primeiro-ministro Netanyahu
