Amós Oz, nascido em Jerusalém em 1939, com o nome de Amos Klausner, é um premiado escritor israelense, romancista e jornalista. Foi um dos fundadores em 1977 do Movimento PAZ AGORA, do qual até hoje é um dos membros mais respeitados.
É também professor de Literatura na Universidade Ben-Gurion em Be'er Sheva. Desde 1967, tem sido um proeminente defensor de uma Solução de Dois Estados para o conflito israelense-palestino, sendo popular no mundo todo devido à sua posição pacifista.
Vida
Tendo crescido em Jerusalém na Rua Amós, 18 no bairro de Kerem Avraham; metade de suas ficções se situam no raio de 2 km do lugar onde foi criado por Yehuda Ariaeh Klausner e Fania Klausner, imigrantes sionistas da Europa Oriental. Seu pai estudou História e Literatura em Vilna, Lituânia e em Jerusalém era livreiro e escritor. Seu avô materno tinha um moinho em Rovno, Ucrânia Ocidental, mas mudou-se com a família em 1934 para Haifa.
Seus antecedentes familiares eram de sionistas revisionistas de direita, mas se tornou um sionista trabalhista e juntou-se ao Kibutz Hulda aos 14 anos. Nesta época mudou seu sobrenome para Oz, palavra hebraica para força. Tel Aviv não era progressista o suficiente, diria mais tarde, só o kibutz era. Mas no seu próprio juízo, ele era um desastre como trabalhador...a piada do kibutz.
Ele permaneceu vivendo e trabalhando no kibutz até mudar-se com a esposa Nily para Arad em 1986 por conta da asma do filho Daniel. Mas como sua carreira de escritor florescia, ele se permitiu gradualmente diminuir o tempo dedicado ao trabalho normal do kibutz. Os direitos autorais de seus escritos produziam suficiente renda ao kibutz para justificar isso. Nas suas próprias palavras, tornou-se uma filial da fazenda.
Como todos os judeus israelenses, ele serviu no Exército de Defesa de Israel. No final da década de 1950, serviu na unidade Nahal orientada para defesa de kibutzim, onde foi envolvido pelas escaramuças fronteiriças com a Síria; durante a Guerra dos 6 Dias (1967) estava numa unidade de tanques no Sinai; durante a Guerra de Yom Kipur (1973) serviu nas Colinas de Golan.
Oz foi um dos primeiros israelenses a defender a Solução de Dois Estados para o conflito israelense-palestino após a Guerra dos Seis Dias. O fez num artigo em 1967, com o título Terra dos Ancestrais no jornal trabalhista Davar. Mesmo uma ocupação inevitável é uma ocupação corruptora, escreveu.
Em 1978, foi um dos fundadores do Movimento PAZ AGORA. Defende negociações com os palestinos e ao contrário de outros no movimento da paz israelense, ele não se opõe à construção de uma barreira entre Israel e Cisjordânia, mas acredita, como o PAZ AGORA, que ela deve se situar ao longo da Linha Verde.
Quando Shimon Peres afastou-se da liderança do Avodá, o Partido Trabalhista de Israel, ele teria nomeado Oz como um de seus três possíveis sucessores, ao lado de Ehud Barak (futuro primeiro ministro) e Shlomo Ben-Ami (futuro ministro do exterior de Barak).
Participou dos diálogos e negociações com parceiros israelenses e palestinos que levaram à assinatura da DECLARAÇÃO CONJUNTA ISRAELENSE-PALESTINA de agosto de 2001 e da INICIATIVA CONJUNTA DE PAZ FIRMADA EM GENEBRA em 1º de dezembro de 2003.