A romancista israelense de origem polonesa Ida Fink,
que dedicou toda a sua carreira literária à Shoah, morreu na terça-feira
(27/09) aos 89 anos, informou a imprensa internacional.
Nascida em 1921
na Polônia, ela escapou da deportação após fugir do gueto de sua cidade
natal de Zbaraz, escondendo-se durante todo o período de ocupação
nazista.
Vivendo em Israel desde 1957, ela trabalhou depois no
Yad Vachem, o memorial da Shoah em Jerusalém, registrando os
testemunhos de judeus fugitivos poloneses.
A partir do final da década
de 40, ela publicou dez livros, todos escritos em polonês, que fazem
referência ao genocídio dos judeus na Europa e a seus traumas.
Seus livros foram traduzidos para mais de dez
línguas, entre elas o hebraico, valendo à escritora notoriedade além das
fronteiras de Israel. Ela ganhou prêmios em todo o mundo e, em 2008,
recebeu o Prêmio de Israel, a mais alta premiação israelense.