Ilan Grapel, o cidadão americano-israelense libertado nesta quinta-feira pelo Egito em cumprimento ao acordo de troca com Israel por 25 presos egípcios, chegou nesta quinta-feira ao aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv em um voo procedente do Cairo.
Grapel, de 27 anos, foi recebido por sua mãe na escada do avião particular que o levou ao aeroporto Ben Gurion, próximo a Tel Aviv, segundo imagens divulgadas pelas televisões locais.
Posteriormente ele se deslocará a Jerusalém, onde será recebido pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em um encontro privado.
O jovem passou os últimos quatro meses em uma prisão do Egito acusado pela Procuradoria Geral do país de "espionar contra o Egito, com a intenção de prejudicar seus interesses econômicos e políticos".
Segundo os serviços secretos egípcios, Grapel foi enviado ao Egito para recrutar algumas pessoas, realizar atividades de espionagem e obter informações sobre a Revolução de 25 de Janeiro, que derrubou o regime de Hosni Mubarak.
Ele foi acusado ainda de incitar à desordem entre os manifestantes e de provocar aversão ao Exército por parte do povo, com a intenção de propagar a instabilidade e afetar negativamente a revolução. Tanto as autoridades israelenses como as americanas negaram as acusações contra Grapel.
Embora, em princípio, as autoridades egípcias tenham pensado em trocar Grapel por um número maior de presos, por fim foram 25 pessoas que cumpriam diversas penas por crimes como tráfico de drogas e mercadorias e a entrada ilegal em Israel.
Os primeiros a atravessar a fronteira com Israel, à altura da localidade egípcia de Taba, foram três menores de idade, seguidos pelos demais presos.
Israel anunciou na segunda-feira que tinha obtido um acordo com o Egito para a libertação de Grapel em troca da libertação de 25 presos egípcios, entendimento que foi aprovado na terça-feira pelo Gabinete de Segurança israelense.